5 perguntas sobre o uso do BI pelas Operadoras de Saúde

O uso do BI nas Operadoras de Plano de Saúde permite gerar e administrar um grande volume de dados de forma muito simples e inteligente. No futuro, isso pode significar até a indicação do melhor momento para uma tomada de decisão

5 perguntas sobre o uso do BI pelas Operadoras de Saúde​ 

São diversas as aplicações e possibilidades do BI em Saúde — e mais precisamente no universo das operadoras — ainda que muitos players ainda não as usem. Mas, a verdade hoje é que seja para analisar dados de Saúde, reduzir custos, melhorar o atendimento, ter bons subsídios para tomar decisões, dentre outras vantagens, o BI é um grande aliado na jornada da transformação digital da Saúde.  

Se as vantagens são tantas, por que então o número de operadoras que usam a solução para uma gestão integrada ainda é pequeno?

“Na minha opinião é porque ainda falta uma cultura da tomada de decisão pautada em dados, considerando séries históricas, tendências, indicadores de desempenho com impactos significativos etc. Sem isso, muitas decisões em Saúde ainda são pautadas no aqui e agora, sem uma análise crítica consistente e coerente”, sugere Kele Dias, gerente comercial de produtos da MV. 

Na entrevista a seguir, Kele comenta o atual cenário do uso de BI em Saúde pelas operadoras e analisa as possibilidades de melhorias na oferta de serviços a partir de uma gestão estratégica dos dados de milhares de beneficiários. Acompanhe a seguir. 

 

1. Qual é o real estágio hoje da coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento dos dados pelas operadoras? 

Ainda hoje, muitas operadoras de saúde trabalham com planilhas de Excel, com input de dados manuais resultante em retrabalho, baixa produtividade e altos riscos de insegurança, uma vez que esse tipo de arquivo pode ser corrompido com facilidade e as informações serem digitadas incorretamente. Mas, há também aquelas que já evoluíram um pouco mais no cuidado com os dados de saúde e trabalham com o apoio da tecnologia para ter uma gestão à vista em tempo real, automatizadamente, outras somente com uma definição de análise periódica dos indicadores, o que chamamos de “visão retrovisor”, analisando o que já passou, mas com registro de análises críticas, uso das ferramentas da qualidade e uma gestão efetiva dos planos de ação, visando a melhoria dos resultados. Em algumas realidades as duas formas são trabalhadas concomitantemente.  No entanto, eu acredito que apenas um grupo bem seleto já trabalha com o chamado Business Analytics (BA).

 

2. Dá para dizer que elas conhecem a potencialidade do BI para melhorar seu negócio? 

Acredito que sim. Mas ainda é incipiente, em minha opinião, a cultura da tomada de decisão pautada em dados, considerando séries históricas, tendências, indicadores de desempenho com impactos significativos, etc. Sem isso, muitas decisões em saúde ainda são pautadas no aqui e agora, sem uma análise crítica consistente e coerente.

É importante lembrar que uma solução de BI possui um investimento diferenciado, por isso, a mudança cultural deve começar a partir disso: é preciso que os gestores entendam o investimento em uma plataforma de BI proporcionará uma redução de custos, oferecer mais qualidade aos serviços ofertados e, consequentemente, viabilizar a possibilidade de novos investimentos, sejam em tecnologias que apoiem essa transformação digital, seja em capacitação de pessoas ou o que mais a operadora desejar.

"Uma solução de BI em Saúde possui um investimento diferenciado, por isso, a mudança cultural do setor deve começar logo nessa etapa: é preciso que os gestores entendam que o investimento em uma plataforma de BI vai proporcionar uma redução de custos e oferecer mais qualidade aos serviços ofertados." Kele Dias, gerente comercial de produtos da MV.

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3. Pensando na transformação digital vivida nos últimos anos: o BI em Saúde tem sido um aliado usado a contento pelas operadoras? 

Dá sim para dizer que ele seria um grande aliado se usado da maneira correta. Mas, para isso, ainda temos um longo caminho a percorrer no que diz respeito a essa cultura de análise de dados. Listarei os motivos a seguir:

  • A base de dados de Saúde precisa estar fidedigna e ser a mais completa possível para o BI em saúde funcionar como deve. Muitas operadoras ainda não possuem essas informações consolidadamente.
  • Para que isso mude, todos os colaboradores precisam estar sensibilizados em relação ao correto preenchimento dos campos que podem interferir diretamente nas análises dos dados.
  • Os gestores, por sua vez, devem definir os indicadores mais pertinentes, ou seja, que trazem impacto ao negócio. Só que muitos ainda não têm essa definição e acabam apenas monitorando números e não gerindo informação.
  • Por último e, não menos importante, é preciso aprender a analisar os dados para tomar decisões que mudem a realidade das operadoras. Só dessa forma os ganhos com o BI em saúde serão cada vez mais evidenciados.

 

4. Na sua opinião, como esse uso poderia ser potencializado para melhorias tanto nas áreas assistenciais quanto financeiras? 

Quando falamos do uso de BI em saúde na área financeira — setor que, como costumo dizer, é onde os olhos brilham — todo cuidado é pouco. No caso específico das operadoras, quanto mais assertiva for a autorização em procedimentos, consultas, reembolsos e internações, maior será sua capacidade de investimento. Por isso, é tão importante que as Instituições que prestam a assistência sejam cada vez mais qualificadas e apresentem os melhores resultados.

Com o BI em Saúde, a gestão dos planos de saúde é potencializada para os dados serem analisados em detalhe, a partir de informações obtidas em um clique do mouse, com filtros rápidos, análises precisas e gráficos intuitivos. A partir disso, dá para sabe

  • Quantas guias foram autorizadas em determinado período?;
  • Qual é o tipo da guia?;
  • Qual é o percentual e valor das guias faturadas?;
  • E por aí vai.

"A sinistralidade é uma informação de grande impacto para as operadoras e é justamente nessa hora que o BI em Saúde pode ajudar a entender melhor o cenário a fim de evitá-lo." Kele Dias, gerente comercial de produtos da MV 

 

5. Quais são as aplicações e possibilidades do BI no futuro das operadoras?  

Hoje, a partir de uma plataforma de Self-Service BI, criada pela MV, todos os dados são acessados de maneira fácil para o gestor ter acesso à informação, sem depender dos profissionais da TI. Toda essa estrutura já pode proporcionar às operadoras visões de gestão interessantíssimas aos seus negócios. Para o futuro, portanto, acredito que a inteligência artificial e a preditividade assumirão uma posição privilegiada e integrada a uma solução de BI, visando destacar aos gestores o momento ideal da tomada de decisão.

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