Na gestão em Saúde, não basta ter o dado: é preciso desvendá-lo

Um dos grandes desafios é a definição e a análise de indicadores de desempenho da instituição. Nesses casos, uma consultoria especializada em gestão estratégica ajuda na análise crítica das informações relevantes.

Na gestão em Saúde, não basta ter o dado: é preciso desvendá-lo 

É incontestável o valor que o dado de saúde pode trazer para uma instituição, tanto para o acompanhamento de indicadores na gestão da qualidade como para a tomada de decisão assertiva. Porém, mesmo estando entre os principais ativos da organização, de nada adianta coletar dados sem uma estratégia certeira para extrair e compreender informação realmente útil para os negócios.  

Embora muitos saibam disso, poucos sabem ao certo como transformar os dados em informação que norteará a tomada de decisão.

“Essa é uma dificuldade bastante comum dos clientes, que acabam começando esse processo apenas com o que chamamos de conteúdo-padrão, ou seja, que serviria para qualquer instituição. No caso do hospital, isso seria acompanhar a taxa de ocupação e média de permanência, por exemplo”, conta Kele Dias, gerente comercial de produtos da MV.  

 

Qual indicador você quer acompanhar? 

A pergunta é direta, mas a resposta nem sempre é clara para a gestão em saúde. A dificuldade em eleger o indicador muitas vezes vem da falta de processos bem consolidados, como bem lembra Kele:

“Um indicador é o resultado da performance de um processo. Portanto, as instituições que ainda não têm processos definidos simplesmente não vão conseguir saber o que precisam entregar como resultado.” E daí não adianta recolher dados, mesmo. 

Quando os processos estão claros, porém, eles ajudam a tomar melhores decisões. Imagine, por exemplo, que a instituição estabeleça como meta realizar 100% dos exames que estão agendados, em determinado período. Para medir esse indicador, além de coletar os dados do período, será preciso conectá-lo ao processo de agendamento e área de realização dos exames para ser feito o devido controle e análise dos resultados. É assim que deve funcionar um bom indicador de desempenho. Importante ressaltar que a análise crítica dos indicadores deve ser integrada, incluir todos os processos e profissionais envolvidos. 

Mas, não se engane, copiar métricas e indicadores de outras instituições que já fizeram esse trabalho anteriormente não vai ajudar:

“O diferencial de uma boa gestão em Saúde está justamente em ter indicadores que façam sentido para o seu próprio negócio, considerando o perfil de atendimento e estratégia da instituição”, enfatiza a gerente comercial.  

 

Indicador não é monitoramento

Outra dúvida importante a ser sanada é a confusão entre indicador e monitoramento. Para não confundir mais um e outro, Kele costuma dar uma dica fácil de lembrar:

“Indicador, como o nome diz, indica uma dor ou uma meta a ser cumprida; enquanto o monitoramento é apenas um dado a ser observado, sem que seja preciso uma ação a partir dele.”

O monitoramento permite o acompanhamento contínuo do que está sendo medido. Indicadores e dados de monitoramento não são estáticos também, podem mudar ao longo da maturidade da instituição. Algo que anteriormente era muito importante manter o foco e acompanhar agora pode estar sob controle e trazendo resultados interessantes, por exemplo.

“Outra dica que dou é que ‘menos é mais'. De nada adianta ter dezenas, centenas de indicadores e não conseguir fazer uma boa gestão estratégica da informação”, recomenda Kele.

Para instituições com dificuldade em definir os próprios indicadores, existe uma consultoria especializada em gestão estratégica que apoia cada instituição a definir os seus indicadores, estruturar a análise crítica e acompanhar a transformação dos resultados.

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Análise crítica é chave 

Os indicadores mostram informações relevantes em tempo real, mas para esse acesso rápido aos dados garantir mais assertividade para a gestão em saúde a análise crítica é primordial:

“É através da análise crítica que o gestor identifica se houve algum problema ou fatores contribuintes para o mau desempenho, utilizando inclusive a comparação com outros indicadores, sempre que necessário”, resume Kele.  

Pense, por exemplo, no indicador da taxa de infecção hospitalar. Se for preciso descobrir em qual área está tendo um foco de infecção maior, será preciso fazer um desdobramento desse indicador por setor para entender onde os números estão mais preocupantes. Descoberto isso, ainda será preciso falar diretamente com a área atingida e compreender os motivos que levaram ao resultado. 

“Isso mostra a importância de se desdobrar indicadores institucionais para os níveis táticos e operacionais, e até comparar com outros indicadores relacionados ao mesmo tema”, conta a gerente.

No nosso exemplo seria o caso de investigar o indicador de adesão ao treinamento de lavagem de mãos, por exemplo:

“A partir disso, é possível abrir planos de ação para melhorar o indicador em questão e aplicar ferramentas da qualidade para entender porquê a meta do mês não foi entregue.” 

O grande ganho da aplicação de uma análise crítica sob os dados coletados é ajudar a melhorar todos os indicadores da instituição, sejam eles resultados financeiros, operacionais, administrativos ou assistenciais.

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