Como garantir os padrões de eficiência dos processos no centro diagnóstico?

A construção desse valor é um dos mais importantes dentro de uma instituição de Saúde, mas todas as pessoas impactadas precisam perceber logo os benefícios. E, para isso, a tecnologia pode ajudar

Como garantir os padrões de eficiência dos processos no centro diagnóstico?

Christiano Berti, diretor de Unidade de Negócios | MV Medicina Diagnóstica 

Eficiência é um valor muito importante a todo centro diagnóstico, mas antes de planejar melhorias para conquistá-la é preciso compreender bem quem são as pessoas que vão logo perceber os ganhos nos serviços prestados.  

Nesse sentido, eu destaco três stakeholders que precisam ser priorizados na gestão de medicina diagnóstica:

  1. O centro diagnóstico em si, representado pelo proprietário, acionista ou gestor administrativo;
  2. O paciente;
  3. O médico radiologista, reconhecido como grande especialista desse fluxo de trabalho que é bastante complexo. 

Por isso, hoje, quero listar quais são as principais dificuldades que cada um desses autores têm em garantir padrões de eficiência para poder apresentar soluções tecnológicas capazes de trazer melhores resultados a todos. Vamos lá.

 

No centro diagnóstico:

Para otimizar o tempo, monitore as SLAs em painéis visíveis a todos

O SLA (Service Level Agreement) costuma ser uma problemática importante às instituições de Saúde, e com a medicina diagnóstica não é diferente. Mas é importante lembrar que cada SLA é formada por vários SLOs (Service Level Objective), que nada mais são do que uma espécie de contrato interno, negociado entre todas as partes, que calcula o tempo necessário para que uma tarefa ou serviço predeterminado sejam cumpridos.

É esse tipo de acordo que permite que radiografias de emergência, por exemplo, sejam entregues em uma hora, mencionado com a operadora, independentemente de onde está situado o centro diagnóstico. Mas, para tudo funcionar a contento, é preciso que as SLOs estejam sistematizadas e é nesse ponto que a tecnologia ajudará.

Como com a adoção dos módulos dashboards, painéis de controle que ajudam a monitorar e otimizar o tempo de entrega das SLAs e SLOs e avisam os setores que podem estar em uma situação crítica. Uma estratégia para tudo funcionar ainda melhor é dispor os painéis em áreas comuns e facilmente acessadas por todos os profissionais.  

 

Entregue os resultados sob demanda para evitar desperdícios

Ainda é muito alto o número de pacientes que não buscam os resultados de exames: uma média de mercado calcula que esse número esteja entre 17% e 35% do total de procedimentos realizados. Em um centro diagnóstico que realiza trinta mil exames ao mês, o desperdício pode ser enorme. A tecnologia pode, portanto, no momento da entrada do paciente no centro diagnóstico já deixar selecionado em sistema todos que desejam receber o resultado e, no momento em que a pessoa for buscar esse exame, só é preciso ter uma estrutura preparada para a impressão imediata, tanto do laudo quanto do filme.

 

Ganhe mais segurança com a integração de sistemas

Nesse caso, a interoperabilidade entre o sistema de gestão (HIS) com o fluxo do centro diagnóstico (worklist) resulta em uma redução significativa de erros durante o processo de aquisição de um estudo para o servidor de PACS, algo que acontece enquanto o paciente está realizando seu exame. Normalmente, o worklist funciona apenas com equipamentos, organizando o fluxo de laudos do médico radiologista. Mas, no caso desse módulo, o diferencial que resulta em mais eficiência é que a organização dessa lista de prioridades começa no paciente, no momento em que ele dá entrada no centro diagnóstico pelo HIS. Outra integração relevante é a possibilidade de abertura e manipulação de imagens médicas diretamente no PEP.

 

Diretamente para o paciente

Invista no portal de exames por imagem

A facilidade em consultar digitalmente os resultados de exames reduziu muito a fricção do paciente em ter que se locomover até o centro diagnóstico só para buscar o laudo, antes de voltar ao médico. Hoje, a solução permite ainda o compartilhamento do exame com o médico solicitante, por meio de um hiperlink, e emite avisos de quando os resultados já estão prontos, tanto via SMS e e-mail, quanto por uma mensagem de WhatsApp. Ainda com o portal de exames, é possível que a gestão da medicina diagnóstica faça um monitoramento de audiência, ajudando a verificar a porcentagem de pacientes que abriram — ou não — seus exames, o que também ajuda na adoção de melhores práticas para reverter eventuais desperdícios.

 

Priorize a segurança dos dados

Por ser uma ferramenta que publica os dados médicos dos pacientes, o portal de exames precisa passar por rigorosos testes de segurança, como o Pentest (também conhecido como teste de intrusão). A ideia é que ocorra uma espécie de auditoria digital com uma empresa terceirizada contratada para realizar tentativas de acesso ao sistema, para analisar a vulnerabilidade e emitir certificados.

O multi-factor authentication (MFA), ou autenticação multi-fator, é outra medida de segurança importante, pois adiciona etapas, além de senha e usuário, para liberar o acesso ao portal de exames. Entre elas uso de SMS, reconhecimento facial ou token.

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E, finalmente, inovações dedicadas ao médico radiologista

Ofereça salas de conferência virtual e de colaboração com acesso seguro às imagens

O compartilhamento colaborativo de sessões de análises de estudos permite ao médico solicitar opiniões de seus pares sempre que ele próprio tiver dificuldades em chegar a resultados conclusivos. Com a ajuda da tecnologia, isso agora pode ser feito com a facilidade de uma videochamada parecida com a tecnologia via Facetime, mas seguramente e proprietária, por meio de um link que permite a visualização e manipulação remota das imagens, via streaming, mas que não salva nada da conexão no device utilizado pelos médicos.

Outra vantagem é que nessas sessões até 25 profissionais podem estar conectados simultaneamente, ajudando qualitativamente no resultado do exame. O limite de sessões será a infraestrutura dos servidores. 

Com as consultas remotas, cada médico radiologista pode manipular a imagem da maneira que quiser, e isso ficará visível a todos por cores diferentes. Também é possível ver os estudos em 3D.  

 

Implante a revisão anônima do laudo

Com a adoção dos laudos remotos, percebeu-se um aumento no volume de entregas, mas com uma sensível perda de qualidade nos resultados. Tanto que, agora, há normativas que incluem a revisão anônima como parte do controle de qualidade do centro diagnóstico. E, para isso, existe também uma ferramenta que faz o controle daquilo que foi ou não revisado anonimamente, protegendo os dados necessários. O desfecho final dessa inovação é um laudo mais qualificado.

 

Integre o reconhecimento de voz ao sistema de gestão

Quando isso não acontece, o profissional acaba copiando e colando o laudo digitado por reconhecimento de voz para o PEP ou outro sistema. Mas existem módulos que integram esses dois sistemas, evitando, possíveis erros. O sistema de reconhecimento de voz também já identifica automaticamente palavras e termos de atenção, para serem acompanhados junto aos pacientes. 

Por fim, faça tudo com menos cliques. Existe uma metodologia bem avaliada no mercado para projetos de desenvolvimento de softwares, chamado “Less clicks”, focado em criar estratégias e o valor percebido no usuário final, criando apenas implementações que resultem em menos cliques e, logo, menos trabalho para o médico. Ao fim, ele percebe mais eficiência durante o seu dia a dia.

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