Checklist do paciente seguro: boas práticas da gestão de riscos hospitalar para adotar já

Conheça as ferramentas de tecnologia em saúde que ajudam a prevenir eventos adversos em tempo real e de forma ativa para evitar ocorrências graves durante a internação.

Checklist do paciente seguro: boas práticas da gestão de riscos hospitalar para adotar já 

Promover a segurança do paciente durante toda a sua estadia no ambiente hospitalar é o principal objetivo da chamada gestão de riscos, área ligada à gestão da qualidade e que, embora seja relativamente nova na saúde, vem se aprimorando para monitorar e prevenir eventos adversos na instituição.  

Hoje são dois os grandes polos para a gestão hospitalar trabalhar a gestão de riscos assistenciais. O primeiro atua com ferramentas reativas, como a análise de causa raiz, que partem do evento e esmiúçam retrospectivamente tudo o que aconteceu para entender e tentar propor barreiras de segurança do paciente para o futuro.   

Já o segundo grupo inclui métodos mais preventivos, que atuam na prevenção do evento futuro, portanto, merecem um foco maior de medidas e boas práticas. Nesse sentido, a tecnologia em saúde tem muito a contribuir com a notificação das ocorrências e com as auditorias hospitalares que avaliam as barreiras dos riscos da instituição, mapeiam suas vulnerabilidades e estabelecem práticas de controles e indicadores.  

Conheça agora as ferramentas tecnológicas que auxiliam no checklist do paciente seguro e ajudam a evitar que uma falha aconteça:

 

Bipagem para a identificação

O cuidado com a identificação deve estar previsto em todas as etapas de atendimento, da admissão até a alta. Falhas nesse processo podem resultar em erros de medicação, erros durante a transfusão de sangue, em testes diagnósticos, procedimentos realizados em pacientes errados e/ou em locais errados, entrega de bebês às famílias erradas, entre outros.

Para assegurar que a identificação esteja correta, todos os profissionais precisam estar atentos e trabalhar com pulseira de identificação, prontuário, etiquetas, solicitações de exames, com a participação ativa do paciente e familiares durante a confirmação da sua identidade.

 

Circuito fechado de medicamentos

Com esse procedimento, todas as operações são registradas e protocoladas em sistema de gestão hospitalar, da compra do medicamento à administração ao paciente. A prescrição, feita pelo médico, é inserida no sistema. Um farmacêutico faz a avaliação e libera a receita. Quando esse medicamento for aplicado, o sistema fará uma checagem, verificando se é o correto para aquele paciente e se está na dose e horário precisos. 

 

Controle de troca de dispositivos médicos invasivos

Cada instituição tem um protocolo próprio criado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para determinar o tempo de troca de cada dispositivo, além dos procedimentos de limpeza-padrão. Como a tecnologia permite programar o alerta de protocolos, todas essas informações registradas no PEP podem ser acompanhadas de perto por toda a equipe assistencial com lembretes diários, seja no sistema ou no celular e tablet. 

 

Acompanhamento das funções vitais dos pacientes e integração de ocorrências

Também por meio do PEP é possível avisar aos profissionais de saúde sobre os pacientes que estão com febre por determinado período ou com sinais de flebite, situações que podem indicar precocemente uma infecção hospitalar, permitindo que as equipes hajam preventivamente. Esse alerta de possível entrada do paciente em foco infeccioso também é encaminhado para a CCIH realizar as auditorias e o monitoramento.

 

Mais vantagens da adoção de tecnologia em saúde para a gestão de riscos na instituição

  • Identificação de fatores de risco (gatilhos);
  • Indicadores de risco em tempo real disponibilizados em um painel;
  • Criação de alerta e e-mails em casos de ocorrências;
  • Acesso de qualquer computador, celular ou tablet da instituição;
  • Lembretes de periodicidade para a revisão de processos;
  • Agendamento de auditorias de risco;
  • Criação de uma matriz de risco que avalia impacto x probabilidade dos eventos.

 

Fontes: Lucas Zambon, diretor científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP) e membro do conselho científico da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP); Patrícia Monteiro, consultora do módulo gestão estratégica e qualidade da MV; Daennye Oliveira, diretora de produto da MV; e cartilha 10 Passos para a Segurança do Paciente, elaborada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (Coren-SP). 

;