Transformação da saúde digital na prática: quais os requisitos básicos para iniciar essa jornada

Inicie sua jornada na transformação da saúde digital com requisitos essenciais. Da integração de sistemas à segurança de dados, saiba por onde começar.

Inicie sua jornada na transformação da saúde digital

A transformação da saúde digital é uma tendência que veio para ficar. De acordo com a Deloitte, para os próximos anos, é esperada a convergência no modelo de prestação de cuidados. 

Entre outras coisas, hospitais e sistemas de saúde estão investindo em computação em nuvem, telecomunicações 5G, inteligência artificial e interoperabilidade para enfrentar os desafios atuais do setor. 

Ou seja, as instituições de saúde que quiserem manter a competitividade, invariavelmente, terão que transformar o modo de oferecer seus serviços.

Por isso, falamos sobre a transformação na saúde digital, as principais tecnologias deste processo, além de exemplos de instituições de saúde bem-sucedidas na digitalização de seus procedimentos.  

 

A importância do planejamento na transformação do modelo de saúde digital

A transformação da saúde digital requer diversas mudanças. Uma delas é a de mindset, sem dúvida. Afinal, vários profissionais estão acostumados com modelos analógicos de serviço e mudar a mentalidade deles não é uma tarefa simples. 

Por isso, uma dica é buscar o apoio de gestores da instituição e de áreas de negócios como RH, TI e Comunicação para que seja possível dar um enfoque maior nas transformações digitais necessárias ao setor. 

A equipe médica também deve ser envolvida no processo de planejamento, por meio de treinamentos e orientações quanto ao uso de novas ferramentas para que os profissionais não sejam pegos de surpresa quando precisarem trabalhar com novas tecnologias no dia a dia. 

Ademais, o planejamento estratégico é outra etapa fundamental na implantação de um modelo de saúde digital. É preciso entender onde estão os gargalos e quais são as maiores urgências no processo de digitalização da saúde.

A partir desse entendimento, é possível formular estratégias específicas, realistas e adaptáveis para a transformação da saúde digital. 

 

Tecnologias na saúde digital: quais são elas? 

Como citamos no começo, diversas tecnologias têm sido empregadas no contexto de saúde digital, a fim de envio de informações e agilização de procedimentos.  Embora não sejam as únicas, citamos as principais que devem entrar no radar de gestores de instituições de saúde.

Registros médicos eletrônicos

O registro médico eletrônico é um sistema que mantém serviços digitais do paciente de instituição de saúde Ou seja, é responsável por armazenar o histórico do paciente em substituição aos prontuários em papel.

Este documento também é sincronizado com ferramentas de monitoramento remoto do paciente aos profissionais de saúde, além de registros digitais autenticados que dificultam a falsificação de dados de saúde do usuário.

 

Telemedicina

Basicamente, a telemedicina consiste em serviços médicos prestados à distância por meio de tecnologias como:

  • Consultas online;
  • Emissão de laudos à distância;
  • Prescrição digital;
  • Videochamadas com pacientes.

 

Apesar desta solução ter se tornado popular na pandemia, período em que o isolamento social se fez necessário, muitos médicos preferiram continuar se consultando dessa maneira mesmo após a queda de casos de covid-19. 

Em maio de 2022, foi sancionada a lei da telemedicina no Brasil, que define os critérios para o atendimento médico à distância nacional. 

 

IoT (Internet das Coisas)

Esta tecnologia permite conectar dispositivos à internet e dar comandos ou enviar informações aos aparelhos para armazenamento em nuvem.

Tal integração é útil para diversas demandas como a realização de diagnósticos de exames de imagens ou o monitoramento de condições de saúde dos pacientes. 

 

IA (Inteligência Artificial)

A Inteligência Artificial auxilia em análises de dados mais rápidas e precisas. Será capaz, num futuro próximo, de avaliar todo o histórico médico de uma família e identificar se o indivíduo tem predisposição de desenvolver uma doença ou não.

Os diagnósticos também serão mais detalhados e ajudarão o médico a descobrir doenças mais precocemente, de modo a aumentar as chances de cura dos pacientes. 

 

A necessidade da segurança de dados e conformidade (LGPD)

As informações de saúde digital devem ser mantidas sob sigilo, pois se tratam de dados muito sensíveis.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) vem para garantir a segurança de todas as informações quanto aos dados dos pacientes.

Entre outras normas, tais dados devem ser tratados considerando princípios como transparência, finalidade e responsabilização.

Outro ponto é que os agentes de tratamento de dados devem registrar todas as operações que realizam como forma de justificar o uso do dado pessoal no estabelecimento, e isto com a autorização do paciente quanto à utilização de suas informações.  

 

Por que é importante envolver os pacientes na transformação digital em saúde?

Basicamente, porque a experiência do paciente melhora enquanto é atendido, pois é acompanhado diretamente pelo médico e recebe um cuidado mais personalizado. Mas não é só isso.

Ele adquire a confiança de que está em um ambiente digital mais seguro, o que colabora diretamente para o seu engajamento durante o tratamento.

De acordo com dados da Global Health, plataforma de inovação da MV, ao participar dos processos remotos como agendamento de consultas e check-in, os pacientes economizam até 70% de seu tempo que gastariam caso precisassem fazer os mesmos procedimentos presencialmente.

Consequentemente, esse paciente se torna mais presente na sua rotina de tratamento, o que é bom para a equipe médica, já que caem os índices de absenteísmo. 

 

Cases de sucesso em saúde digital

Antes de mais nada, é importante ressaltar que o orçamento digital para saúde no Brasil cresceu 50% entre 2013 e 2023, sendo que o valor investido no setor neste ano é de R$ 1,08 bilhão, de acordo com Boletim n.º 4 de Monitoramento do Orçamento da Saúde Digital, elaborado pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), em parceria com a Umane.

De acordo com Maria Letícia Machado, gerente do programa TechSUS do IEPS, os fatores para esse aumento no investimento em saúde digital são a publicação da Estratégia de Saúde Digital para o Brasil (2020-2028) e a criação do Informatiza APS, programa do Governo Federal que apoia a informatização das unidades de saúde em todo o país e a qualificação dos dados de Atenção Primária à Saúde em todo o país, o que reforça o fato que a saúde digital veio para ficar no Brasil.

Dito isso, hospitais brasileiros já estão digitalizando os seus procedimentos. Um deles é a Santa Casa da Bahia, hospital com quatro séculos de tradição e, que para modernizar os seus serviços, recorreu à MV para se tornar referência em saúde digital.

A evolução rumo à transformação digital da Santa Casa da Bahia ganhou força a partir de 2015, quando foi implantado o SOUL MV, plataforma de gestão que traz funcionalidades como o prontuário eletrônico do paciente à rotina do hospital.

No ano seguinte, o hospital recebeu a certificação nível 3 pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), seguida pela certificação da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), estágio 6, em 2017.

Em 2019, veio a certificação internacional QMentum IQG à Santa Casa da Bahia, reconhecida como uma instituição paperless (sem papel). Ademais, a certificação 7 HIMSS, que a coloca em um seleto grupo de hospitais digitais no Brasil, sendo a primeira Santa Casa a obter tal certificação.

 

Conclusão

Neste artigo, foi mostrado como o setor de saúde no Brasil tem passado por uma transformação para se tornar cada vez mais digital.

Entre outras tecnologias, a Inteligência artificial, a IoT e a telemedicina já são tendências em vários estabelecimentos brasileiros, como a Santa Casa da Bahia, que se digitalizou e é referência brasileira em saúde digital.

Para hospitais que desejam implementar tais soluções em seu cotidiano, é necessário planejar suas metodologias, perceber quais suas oportunidades e fraquezas e contar com ajuda especializada, como a MV, que é líder em soluções tecnológicas para instituições de saúde.

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