RIS e PACS na nuvem: por que a mobilidade é o caminho para o pós-pandemia

Ao facilitar a troca de informações, sistemas baseados em cloud proporcionam economia em termos de infraestrutura de TI e otimizam a gestão dos centros de medicina diagnóstica

RIS e PACS na nuvem: por que a mobilidade é o caminho para o pós-pandemia

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A tecnologia que permite a mobilidade na medicina diagnóstica já existe há tempos, mas o ganho de eficiência que ela proporciona ficou ainda mais evidente com a pandemia da Covid-19. Afinal, os sistemas RIS e PACS baseados na nuvem podem ser acessados de qualquer lugar, por meio de qualquer dispositivo cadastrado, trazendo agilidade à gestão e, principalmente, segurança e suporte para o corpo médico e os pacientes em um cenário no qual o isolamento social é recomendado.

Entenda abaixo as mudanças em quatro aspectos do centro de medicina diagnóstica com o Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens (Picture Archiving and Communication System, o PACS) e o Sistema de Informação em Radiologia (Radiology Information System, o RIS) baseados na nuvem:

 

1 - Na infraestrutura de TI

Com a mobilidade do RIS e PACS, muda o modelo de aquisição de tecnologia. Ao invés de investir em hardware e software como bens de capital, no modelo conhecido como Capex (Capital Expenditure, ou Despesas de Capitais), a gestão do centro de medicina diagnóstica opta pela aquisição do sistema em nuvem no formato Opex (Operational Expenditure, ou Despesas Operacionais).

Na ponta do lápis, a mudança proporciona economia com a infraestrutura de TI necessária para fazer os sistemas rodarem, possibilitando que os investimentos da organização de saúde se voltem para a melhoria da assertividade do diagnóstico e, consequentemente, da qualidade da assistência.

 

 2 - Na elaboração do laudo/diagnóstico

O modelo de nuvem possibilita rastrear o fluxo de demandas e garantir acesso facilitado aos laudos médicos para diferentes especialistas. Gustavo Meirelles, gestor médico de radiologia, estratégia e inovação no Grupo Fleury, destaca principalmente o aumento da assertividade na hora de laudar.

“O médico ganha uma segunda opinião, que pode vir de qualquer lugar do mundo. Então, não fica dependente de conexão física, de estar no mesmo lugar.”

No caso de diagnósticos mais complexos, a mobilidade impacta na segurança do paciente ao proporcionar diagnósticos mais precisos.

O especialista destaca ainda que, com RIS e PACS na nuvem, é possível solicitar laudos fora do horário comercial — prática que se tornou recorrente durante a pandemia devido à urgência dos atendimentos. Isso dá acesso à equipe especializada a qualquer momento do dia, bem como a possibilidade de acesso remoto das informações.

 

3 - Na gestão do centro de medicina diagnóstica

Para proteger seus colaboradores do coronavírus, empresas de diversos setores optaram pelo home office. No caso dos centros de medicina diagnóstica, o fato de os sistemas RIS e PACS estarem na nuvem permite que os colaboradores realizem atividades de backoffice, como compras e faturamento, remotamente, com a mesma agilidade e facilidade de acesso obtidas in loco.

No pós-pandemia, o modelo remoto pode ser expandido para esses profissionais, possibilitando redução de custos sem perda de produtividade, como destaca Meirelles.

"O dimensionamento de equipes é facilitado, porque o sistema mostra o volume de exames realizados, o impacto disso no fluxo de produção, indicando a necessidade de redirecionar equipes, por exemplo. É possível, também, saber quais exames foram realizados, os laudos disponibilizados, controlar tempo de emissão de laudos, entre outros fatores.”

Além disso, o uso da nuvem possibilita acompanhamento das atividades em tempo real, por meio do acompanhamento de padrões de eficiência, permitindo tomadas de decisão mais assertivas para a gestão em saúde.

 

4 - Na relação com o paciente

Além do ganho de assertividade do diagnóstico já citado pelo especialista, os sistemas RIS e PACS na nuvem também permitem que a outra ponta, o paciente, tenha acesso às suas próprias informações e laudos na palma da mão — o que é benéfico para o relacionamento com os clientes, como argumenta Meirelles.

Na visão do especialista, a pandemia acelerou processos de modernização que já estavam acontecendo na Saúde, mas morosamente. Para ele, no entanto, o setor vivencia agora um caminho sem volta rumo à Saúde Digital.

"Vejo isso não somente nesse momento, mas também depois da pandemia. A ideia é que usemos cada vez mais [a mobilidade], porque os benefícios ficaram transparentes”, garante Meirelles

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