RIS amplia segurança dos processos em medicina diagnóstica

Para otimizar resultados da ferramenta e garantir visão integral das atividades e dos pacientes, especialista indica ainda a integração com sistema de imagens médicas e prontuário eletrônico

RIS amplia segurança dos processos em medicina diagnóstica

A segurança dos processos é um dos principais fatores de atenção em um centro de medicina diagnóstica. Além de ser obrigatória por lei, garanti-la tem impacto direto não só na operação da organização como negócio, mas também na segurança do paciente. Não basta observar as boas práticas básicas, como uso de luvas e aventais ou local adequado para descarte de rejeitos contaminados. É preciso evitar a perda ou troca de exames, erros de resultado e, ainda, lidar com a possibilidade de glosas. Nesse cenário, o Sistema de Informação em Radiologia (Radiology Information System, o RIS) é indicado para ampliar a eficiência das atividades.

De acordo com Renato Sabbatini, biomédico com mais de 40 anos de experiência e professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, redução de erros é o principal resultado do RIS na prática diária dos centros de medicina diagnóstica.

“O diagnóstico é a ponta de partida da medicina e, portanto, garantir sua segurança em todas as frentes é fundamental. A tecnologia permite que se acompanhe cada processo em tempo real, possibilitando corrigir erros quando ainda estão em curso. Assim se entrega um laudo de qualidade, o que faz a diferença no apoio à tomada de decisão do médico sobre o melhor tratamento”, destaca.

O RIS disponibiliza inúmeros recursos para gerenciar os procedimentos de diagnóstico, desde o agendamento, realização do exame, laudo e entrega do resultado. Ele promove mais eficiência no fluxo de trabalho e agilidade no atendimento aos pacientes. Conheça os principais resultados do uso da ferramenta para garantir a segurança em medicina diagnóstica: 

  • Gestão simplificada: A ferramenta padroniza os principais processos envolvidos no centro de medicina diagnóstica, desde a marcação do procedimento, passando pela recepção do paciente e chegando ao fluxo de emissão de laudos. O resultado dos exames é liberado de forma rápida e disponibilizado automaticamente após a assinatura no portal de resultados. Dessa forma, reduz-se a possibilidade de ocorrência de falha humana ou extravio. 
  • Organização do atendimento: O RIS organiza a fila de atendimentos, priorizando automaticamente a urgência do diagnóstico. Para tanto, utiliza um processo de triagem baseado em evidências, ampliando a segurança do paciente. 
  • Acompanhamento de indicadores: A ferramenta apresenta relatórios, gráficos e estatísticas administrativas, permitindo acompanhar indicadores em tempo real e até mesmo corrigir eventuais erros de processo, facilitando a tomada de decisão dos gestores. 
  • Controle de glosas: A tecnologia concentra todos os registros envolvidos em um determinado atendimento, incluindo materiais utilizados, técnica do exame aplicado e análise da guia final de faturamento antes do envio à operadora de Saúde. Assim, reduz-se a possibilidade de glosas, tanto administrativas quanto técnicas, facilitando também o trabalho do auditor no caso das últimas. 

 

Integração

Renato Sabbatini destaca que a integração do RIS aos demais sistemas da instituição potencializa esses resultados. Junto do Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens (Picture Archiving and Communication System, o PACS), a ferramenta possibilita o registro único do paciente, tornando o gerenciamento das imagens mais assertivo ao ser combinado a outros dados clínicos. Além disso, o PACS permite que os dados sejam cruzados e as imagens manipuladas mesmo a partir de acesso remoto. A integração com o RIS consolida essa base, criando um registro de acesso universal para que radiologistas possam consultar dados sem ter de sair de um sistema e ingressar em outro.  

Além da integração com o PACS, Sabbatini lembra também do potencial da ferramenta quando interligada ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).

“O médico tem, então, uma visão integral do indivíduo, com histórico de exames e diagnósticos anteriores, além de permitir a criação de alertas como de interação medicamentosa e alergia ao contraste, por exemplo.” 

Essas tecnologias também ganham escala quando combinadas a uma estratégia como o gerenciamento de processos, que amplia a visão dos gestores sobre o funcionamento do centro de medicina diagnóstica, permitindo mapear todas as atividades desenvolvidas por cada funcionário, além de monitorar se esse trabalho está sendo realizado conforme os padrões estabelecidos.

Com essas práticas, é possível enxergar o todo sem esquecer da responsabilidade de cada um no desempenho de suas funções, garantindo um diagnóstico de qualidade ao principal interessado: O paciente.

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