Quais características se deve buscar em um bom médico radiologista?

A quantidade de médicos radiologistas disponíveis no mercado ainda é pequena em comparação à demanda populacional e à maciça presença de outros especialistas nos hospitais, centros de diagnóstico e setores de diagnóstico por imagem do país.

Quais características se deve buscar em um bom médico radiologista?

Entretanto, o trabalho desses profissionais é fundamental para detectar a exata situação clínica de um paciente, apoiar o processo de prevenção e proporcionar mais qualidade e assertividade nos processos de acompanhamento médico-hospitalar. Pense por um momento: pouco adianta a instituição de saúde ter os melhores oncologistas do Brasil, por exemplo, se seu corpo de médicos radiologistas é despreparado e ineficiente.

Por mais que a energia eletromagnética da radiologia consiga produzir imagens de alta resolução de órgãos e tecidos, sem a intervenção de um profissional de alta especialização em medicina diagnóstica para interpretá-las adequadamente e elaborar laudos precisos das situações observadas, a prestação da assistência à saúde na instituição fica certamente comprometida. Mas como detectar um bom médico radiologista? Que características técnicas esse profissional deve apresentar?

Pois vale a pena acompanhar, nas próximas linhas, o que separamos como indícios de que se está diante de um especialista em medicina nuclear e diagnóstica de alto padrão, profissional que realmente agregará valor à qualidade dos serviços prestados por qualquer instituição, consequentemente elevando a eficiência dos tratamentos. Já pensou que escolher o capital humano correto implica em reduzir custos com retrabalhos, minimizar erros e fortalecer a imagem do hospital no mercado? Então aprenda a contratar esse talento:



Habilidade para tomar decisões rápidas

Um levantamento divulgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) revelou que, nos últimos 10 anos, o número de processos por erros médicos cresceu impressionantes 1.600% no Brasil. A verdade é que boa parte desses equívocos na constatação de patologias teve origem em leituras equivocadas de exames de imagens ou interpretações que não perceberam falsos resultados.

Essas falhas geraram tratamentos incorretos e muitas complicações que poderiam facilmente ter sido evitadas. Essa imensa responsabilidade dos médicos radiologistas se relaciona diretamente com a precisão e ação rápida diante da imprevisibilidade das situações do dia a dia de uma instituição de saúde. Como é necessário tomar decisões ágeis e corretas, esses profissionais devem ter altíssimo conhecimento e personalidade para lidar com surpresas.



Capacidade de lidar com enfermidades

Um bom nível de equilíbrio emocional é indispensável a médicos radiologistas, já que a radiologia de diagnóstico auxiliará na visualização de tumores, disfunções renais e tantas outras patologias que não podem afetar o profissional a ponto de interferir em seu diagnóstico e em sua orientação ao paciente, caso seja necessária. Por isso, sensatez e controle mental são fundamentais a esses especialistas.

 

Sensibilidade no trato com os pacientes

Mas atenção! Não se pode permitir nem o desequilíbrio emocional, nem a frieza excessiva, afinal, o médico radiologista não pode perder de vista que sua missão central é salvar vidas. Essas vidas geralmente estão em estado de fragilidade crônica imposto pela doença, exigindo bom senso, compreensão, paciência e sensibilidade. Isso sem contar que hospitais que atendem seus pacientes a toque de caixa não são nada bem avaliados, tendendo a perder receitas e se tornar pouco competitivos a médio ou longo prazo.


Proatividade para trabalhar sob pressão

Seja em um setor de diagnóstico por imagem ligado à medicina diagnóstica, seja em um hospital ou em um centro de diagnóstico, apenas um segundo pode ser o limiar entre salvar uma vida ou perdê-la. Assim como é exigido de outros profissionais da área, proatividade, rapidez e capacidade de trabalhar sob pressão são atributos básicos de um radiologista. Isso se dá especialmente porque o tempo decorrido entre a geração e o armazenamento das imagens, a emissão de um laudo e sua transmissão ao médico responsável deve ser célere o suficiente para não agravar o quadro clínico do paciente. Assim, é indispensável o ímpeto de ação no comportamento desses especialistas.



Experiência com ferramentas tecnológicas

Realizar diagnósticos de excelência a partir de exames de tomografia computadorizada, mamografia digital, radiologia convencional e odontológica, ressonância magnética e densitometria óssea exige tecnologia, atendimento humanizado e, é claro, capacidade médica na utilização correta de todos os equipamentos de saúde disponíveis. Não adianta ponderar informatizar um hospital se os profissionais da área médica não sabem usar o máximo das funcionalidades de um Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e, no caso dos radiologistas, dos sistemas de transmissão e arquivamento de imagens médicas (PACS) e sistema de informação em radiologia (RIS), bancos de dados que proveem as informações necessárias para que os PACS trabalhem corretamente.

Atualmente, existem sistemas de gestão hospitalar capazes de automatizar diversos processos administrativos pertencentes à rotina de um médico radiologista. Alguns permitem a visualização de imagens por meio de tablets ou smartphones, proporcionando a realização de laudos mesmo remotamente. Há também muitos sistemas com reconhecimento fônico, que possibilitam a elaboração de relatórios e laudos a partir da captação da voz, reduzindo consideravelmente o tempo desses profissionais com a realização de atividades burocráticas. No fim das contas, tudo culmina na ampliação de sua produtividade e na melhoria da qualidade dos diagnósticos. E é por isso que um radiologista deve estar permanentemente atualizado em relação às ferramentas de tecnologia em saúde, até para conseguir propor melhorias, contribuindo para a modernização da instituição.

 

Intimidade no trato com contrastes

Os meios de contrastes são largamente utilizados na radiologia e no diagnóstico por imagem para permitir uma avaliação mais precisa de algumas estruturas do corpo, destacando, circundando ou preenchendo partes do organismo, de modo a facilitar a visualização. Atualmente, existem 2 tipos de contrastes utilizados na radiologia: os que têm como base o sulfato de bário (utilizados em exames do sistema digestivo) e os que usam o iodo como base (empregados frequentemente em exames dos sistemas neurológico, urinário e cardiovascular).

Está se perguntando o que isso tem a ver com a contratação de um médico radiologista? Tudo! Isso porque, diferentemente dos contrastes de bário, o uso de contrastes iodados pode causar reações alérgicas de intensidades variadas aos pacientes. Isso explica sua utilização mais restrita e limitada a situações em que outros exames (tais como ressonância magnética e ultrassom) não permitem estabelecer um diagnóstico conclusivo. Dessa forma, um profissional da área de medicina diagnóstica que não tem familiaridade com contrastes pode acabar agravando a saúde de um paciente e gerando prejuízos inimagináveis a uma instituição de saúde.

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