Planos de saúde em 2024: tendências para ficar de olho

Explore as tendências dos planos de saúde em 2024. Descubra insights e esteja preparado para as inovações que moldarão o cenário da saúde.

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O ano de 2024 chegou, mas você sabe quais são as tendências em planos de saúde? O que veio para ficar e o que é passageiro?

Sem dúvida, este é um tema que mobiliza a atenção de muitos gestores em saúde em todo o Brasil. Por isso, viemos responder algumas destas dúvidas para você que deseja se atualizar sobre o que envolve o setor. 

 

Inovações tecnológicas na gestão de planos de saúde

Utilização de inteligência artificial e análise de dados

 

Assim como foi em 2023, a Inteligência artificial será um dos grandes destaques no setor de saúde. Pesquisa feita pela MV mostra que 75% dos entrevistados consideram a IA ferramenta essencial na identificação e tratamento de doenças. 

O diretor corporativo de tecnologia da MV, Andrey Abreu, destaca o poder colaborativo da IA na área da saúde, ressaltando que ela “libera profissionais a focarem em atividades mais complexas do cuidado, enquanto a máquina se encarrega das tarefas repetitivas”. 

A análise de dados não pode ficar de fora, pois operadoras e planos de saúde podem utilizar o Big Data para identificar padrões que levem a intervenções mais eficazes e alocação de recursos de forma eficiente.

 

Telemedicina e atendimento virtual

A telemedicina, claro, integra-se cada vez mais à rotina dos planos de saúde. Pesquisa da TIC Saúde atesta que 33% dos médicos atenderam via teleconsulta em 2022 no Brasil. 

 

Benefícios do atendimento virtual para os beneficiários.

  • Acessibilidade aprimorada:
    • Possibilidade de acesso a profissionais de saúde sem deslocamento.
  • Agilidade e conveniência:
    • Consultas virtuais oferecem rapidez e conveniência, reduzindo o tempo de espera.
  • Ampla gama de especialidades:
    • Maior acesso a especialistas, independentemente da localização geográfica.
  • Monitoramento contínuo:
    • Acompanhamento remoto para doenças crônicas, promovendo cuidados preventivos.
  • Redução de custos:
    • Menos despesas com deslocamento e maior eficiência nos processos.

Desafios no uso da tecnologia no tratamento em saúde

Apesar disso, a telemedicina enfrenta alguns desafios. Um deles é a adaptação das pessoas idosas ao uso de aplicativos e plataformas online que muitas vezes sentem dificuldades ao lidar com tecnologia e não têm suporte de outras pessoas.

Ademais, os aplicativos ainda falham em acessibilidade, cerceando o serviço para pessoas com deficiência visual ou auditiva. 

Nem todos os aplicativos de saúde são amigáveis, isto é, não têm interface intuitiva que faça a pessoa usuária entender as funcionalidades do sistema. 

Cabe às operadoras de planos de saúde cuidar de todos estes aspectos para garantir que mais pessoas tenham acesso a serviços de saúde digital.

O objetivo de se pensar na experiência do usuário é que ele realize ações com facilidade e acesse serviços na palma da mão, como agendamento de consultas, notificações em push sobre medicamentos, entre outras vantagens. 

Ademais, bons aplicativos permitem que usuários recebam indicações de medicamentos a preços mais baixos, lembretes para exercícios físicos, entre outras funcionalidades. 

 

Modelo preventivo em saúde é a palavra-chave para o futuro 

Com o uso da tecnologia na área da saúde, mudanças notáveis têm acontecido. O modelo de tratamento atualmente, ainda focado no tratamento da doença, tem dado lugar ao engajamento precoce dos pacientes no sistema de saúde e uma maior eficácia nos processos de prevenção e tratamento.

Neste sentido, aplicativos colaboram para promoção de hábitos saudáveis, como estímulo a atividades físicas, medição de glicemia, aferição de pressão, entre outros. 

Claro que, apesar de isso representar uma oportunidade às operadoras de saúde, isso também é um desafio. Será necessário focar em soluções baseadas no uso intensivo de dados e IA para trazer eficiência às áreas assistenciais, operacionais e administrativas dos envolvidos no processo de tratamento. 

Não por acaso, o conceito de open health (saúde aberta, em tradução livre) está cada vez mais em alta, de modo a promover a abertura de dados e informações de saúde em ecossistema colaborativo entre os diversos agentes envolvidos no cuidado do paciente.

O open health é fundamental para reduzir ineficiências do sistema de saúde, como a falta de identificação de eventos que um paciente tenha feito em diversos agentes.

 

Cobertura de serviços de saúde no Brasil

Os planos de saúde têm passado por uma expansão constante. Só em 2023, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu 18 novos procedimentos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, entre terapias, exames e cirurgias. 

O órgão também tem trabalhado para incluir serviços de bem-estar e prevenção para ampliar o acesso à saúde e prevenir doenças. Alguns exemplos de serviços que podem ser cobertos por planos de saúde são consultas com nutricionistas e psicólogos e programas de prevenção de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. 

 

Perspectivas para o futuro  

Como destacamos durante este texto, ferramentas virtuais e telemedicina têm um grande potencial para mudar a forma de prestação de serviços por planos de saúde.

Sobre isso, segundo a pesquisa Health Trends, da Mercer Marsh Benefits, as seguradoras de saúde acreditam que a IA pode ter impacto nos custos de saúde patrocinados pelos empregadores ao longo do tempo pelos próximos cinco anos.

Além do potencial em aspectos não clínicos da prestação de serviços, os entrevistados ressaltam que ela pode ser aliada na otimização do tempo usado em navegação/triagem clínica, a fim de garantir que indivíduos sejam direcionados adequadamente quando chegam ao hospital.

Outro ponto importante é o monitoramento remoto. Porém, para os especialistas, o monitoramento remoto deve ir além do “hospital em casa”. É necessário avaliar se isso realmente traz resultados ao paciente e ocasiona redução de custos à operadora de saúde.

Uma tendência atualmente é a implementação de enfermarias virtuais em hospitais do Reino Unido, com monitoramento de dados biométricos de indivíduos para agilizar a alta, trazendo consequentemente mais eficiência na assistência em saúde e satisfação dos pacientes.

 

Conclusão

De forma geral, espera-se que em 2024, operadoras de planos de saúde continuem a adotar mudanças já feitas em 2023 ou em anos anteriores, como a telemedicina e o uso da IA, além de uma atenção personalizada ao paciente, com um acompanhamento completo de sua jornada.

Ademais, é necessário garantir a privacidade dos dados do paciente e saber como usar a tecnologia para reduzir custos e garantir a satisfação dos usuários com os serviços prestados.

Por fim, o foco deve ser cada vez mais a saúde preventiva e não aquela que só se preocupa com paciente na hora do tratamento, para o sucesso das estratégias de promoção de saúde. Conte com a MV nesta evolução.

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