O que fazer para manter a nota IDSS sempre alta?

O IDSS é um dos indicadores mais utilizados para a avaliação da qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de saúde.

O que fazer para manter a nota IDSS sempre alta?

O IDSS é um dos indicadores mais utilizados para a avaliação da qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de saúde. Sendo gerado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o IDSS tem grande impacto na hora do consumidor optar por uma nova operadora ou mesmo no momento da decisão de trocar.

Mas afinal o que é o IDSS? Como ele é calculado? E o mais importante, o que você pode fazer para manter a nota IDSS da sua operadora sempre alta? Vamos explicar tudo isso aqui no post, confira!

 

O que é o IDSS?

Sigla para Índice de Desempenho da Saúde Suplementar, o IDSS representa os resultados da avaliação de qualidade de desempenho das operadoras de saúde brasileiras, realizada anualmente pela ANS como parte do Programa de Qualificação das Operadoras. Os índices avaliados recebem pontuação que varia entre 0 e 1, onde quanto mais próximo de 1, maior a assertividade da operadora nesse item.

 

O que é o Programa de Qualificação das Operadoras?

O Programa de Qualificação das Operadoras conta com uma avaliação sistemática de diversos atributos, tendo como base os dados obtidos de sistemas de informação da própria ANS ou de outros sistemas nacionais de informação em saúde em relação ao ano anterior.

O objetivo do programa é estimular a alta qualidade nos serviços oferecidos aos beneficiários, aumentando a transparência do setor e permitindo que o público tenha um maior poder de escolha; mas o programa ainda está em aprimoramento, apresentando novas mudanças continuamente.

 

Quais os aspectos abordados pelo IDSS?

Para o cálculo do IDSS, a operadora é avaliada em relação a 4 quesitos: atenção à saúde, rede assistencial, econômico-financeiro e satisfação dos beneficiários.

Em relação à atenção à saúde, a operadora é avaliada quanto ao acesso e à qualidade da atenção, valorizadas ações de promoção à saúde e prevenção oferecidas aos beneficiários. No aspecto econômico-financeiro, verifica-se a estabilidade das operadoras no mercado, analisando-se as condições de liquidez e solvência, o cumprimento de prazos e obrigações financeiras junto aos prestadores de serviços e a manutenção do atendimento de qualidade e contínuo aos beneficiários.

No quesito rede assistencial, avalia-se a estrutura e as condições operacionais da operadora de saúde, avaliando-se, por exemplo, a rede de oferta de consultórios, ambulatórios, hospitais, laboratórios e centros de imagens e de diagnósticos oferecidos para o atendimento dos beneficiários. Outra questão avaliada é se o cadastro dessa rede assistencial está em dia com a ANS, com o cumprimento de todas as obrigações técnicas.

Quanto à satisfação dos beneficiários, são consideradas as reclamações feitas contra as operadoras junto à ANS, os indicadores que avaliam a permanência dos beneficiários nos planos de saúde e a gravidade das infrações à legislação cometidas pela operadora.

 

Para quê serve o IDSS?

A partir dessa avaliação, o IDSS permite a comparação entre as diversas operadoras, aumentando a disseminação e o acesso a informações sobre o setor e, assim, à concorrência. Com tudo isso, quem mais ganha é o beneficiário, que poderá contar com um serviço de saúde de qualidade e confiável.

 

Como é calculado o IDSS?

Inicialmente, cada um dos quatro aspectos abordados pelo IDSS — atenção à saúde, rede assistencial, econômico-financeiro e satisfação dos beneficiários — recebe uma nota entre 0 e 1, levando-se em consideração 29 indicadores das várias dimensões, como estabelecidos no Anexo II da Instrução Normativa nº 53, de 13 de novembro de 2014. Em seguida, é feita uma média dessas notas, considerando-se o peso de cada uma.

  • Índice de Desempenho da Atenção à Saúde (IDAS) é o que vale mais, com 40%.
  • Índice de Desempenho Econômico-financeiro (IDEF);
  • Índice de Desempenho de Estrutura e Operação (IDEO);
  • Índice de Desempenho da Satisfação dos Beneficiários (IDSB) — valem 20% cada, totalizando então os 100%.

Assim, o IDSS é o resultado do seguinte cálculo:

IDSS= (IDAS x0,4) + (IDEF x0,2) + (IDEO x 0,2) + (IDSB x 0,2)

O resultado, um valor entre 0 e 1, é então divulgado às operadoras, que podem levantar questionamentos. Após o deferimento, os resultados são então divulgados ao público, incluindo detalhes sobre a pontuação de cada indicador.

 

O que significam os resultados?

Notas do IDSS entre 0,6 e 1 são positivas e indicam um bom resultado. As notas entre 0,4 e 0,59 são consideradas intermediárias. Entre 0,2 e 0,39, as notas são consideradas baixas. Já entre 0 e 0,19, encontram-se as operadoras com as piores notas.

 

Quais as mudanças esperadas para 2016?

Como o programa está em constante mudança, a partir de 2016 já devem ser consideradas algumas outras dimensões na hora de gerar o resultado do IDSS, principalmente a partir de dados obtidos das guias TISS (Troca de Informações na Saúde Suplementar) e relacionadas aos desfechos do processo de cuidado de saúde oferecido ao beneficiário.

 

Como aumentar o IDSS da operadora?

Para aumentar a nota do IDSS, é importante que a operadora se preocupe com todos os quatro aspectos abordados no cálculo do índice, além de garantir os cumprimentos de absolutamente todas as exigências da ANS.

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Aqui vão algumas dicas:
  • Rede mais dispersa: a dispersão das redes de procedimentos e serviços básicos de saúde, de assistência hospitalar, de serviços de urgência e emergência 24 horas e da rede assistencial odontológica é um dos indicadores utilizados na avaliação da dimensão de estrutura e operação. Quanto mais dispersa a rede, ou seja, quanto maior a oferta de prestadores de serviço conveniados, maior é a nota recebida.
  • Envio regular de sistemas de informação: é necessário garantir que a operadora esteja enviando todos os dados e informações exigidos pela ANS, como, por exemplo, o Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (DIOPS), o Sistema de Informações de Beneficiários, todos os dados no padrão TISS, o Sistema de Informações de Produtos (SIP) e a Provisão para Eventos/Sinistros Ocorridos e Não Avisados (PEONA).
  • Estabilidade financeira: nos indicadores de dimensão econômico-financeira são considerados a suficiência em ativos garantidores vinculados, o patrimônio líquido ajustado por margem de solvência e a liquidez corrente, então é necessário que a operadora esteja saudável financeiramente e possa demonstrar isso.
  • Serviço focado no beneficiário: de modo a garantir a permanência do beneficiário, a operadora deve ter certeza que está oferecendo os serviços desejados por ele — e com alta qualidade, não deixando a desejar no atendimento ao cliente e no esclarecimento de quaisquer dúvidas. Vale também inovar e oferecer serviços como o da experiência digital. Esses aspectos são levados em consideração na forma dos índices de reclamações, de sanção pecuniária em primeira instância e de proporção de beneficiários com desistência no primeiro ano.
  • Estímulo à promoção da saúde: serviços de assistência à saúde que visam a promoção da saúde ou a prevenção de doenças são extremamente valorizados no cálculo do IDSS. Assim, considera-se a taxa de mamografia, a taxa de citopatologia cérvico-vaginal oncótica e a taxa de aplicação tópica profissional de flúor, por exemplo. Além disso, índices que podem representar um serviço de baixa qualidade como alta taxa de cesárea ou uma alta taxa de internação de idosos por fraturas de fêmur também estão presentes.
  • Soluções de gestão: as inovações tecnológicas se tornam grandes aliadas na gestão das operadoras, oferecendo mecanismos para se obter uma otimização dos processos administrativos e uma gestão mais eficiente. Uma solução tecnológica que cuide não apenas dos aspectos contratuais, mas que tenha no seu escopo a preocupação em evitar erros operacionais que ponham em riscos os indicadores utilizados no cálculo do IDSS.

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