Inteligência Clínica: 7 impactos nos processos hospitalares

Benefícios do monitoramento de dados vão da redução de custos e atração de talentos até a minimização de erros médicos

Inteligência Clínica: 7 impactos nos processos hospitalares

A Inteligência Clínica promete melhorar todos os níveis dos processos hospitalares, impactando positivamente desde a qualidade do serviço prestado aos pacientes até as finanças. A ideia é que esses resultados contribuam para o reconhecimento do hospital como um centro de referência tecnológico e de cuidado ao paciente, tendendo a atrair profissionais qualificados e clientes, estes, em busca de um serviço diferenciado.

A Inteligência ou Análise Clínica tem como base os conceitos do Business Intelligence, também conhecido como Inteligência Empresarial ou Gestão de Conhecimento. Todos os termos têm somente um correspondente: processos de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de dados e informações que possam ser usados como suporte para a gestão de um negócio. Como tudo isso é feito em computadores, por meio de softwares, a Análise Clínica é considerada um ramo da Tecnologia de Informação (TI). 

As principais funções de um sistema de Business Intelligence são:

  • Emissão de relatórios;
  • Análises offline e online;
  • Mineração de dados e de texto;
  • Processamento de eventos complexos;
  • Gerenciamento de desempenho dos processos operacionais de todo o negócio;
  • Análises previsíveis e prescritivas;
  • Benchmarking (processo que avalia a posição da instituição no mercado, comparando-a com seus concorrentes e ajudando na incorporação de técnicas de maior desempenho).

Apesar da captura de dados ser a primeira etapa desse processo, o diferencial da tecnologia (e, consequentemente da Inteligência Clínica) não está no armazenamento de uma grande quantidade de dados, mas, sim, na transformação desses dados aparentemente irrelevantes e desconectados em informações úteis para a análise do negócio e para a tomada de decisões da gestão.

Os médicos e o restante da equipe de profissionais têm acesso a dados que facilitam sua tomada de decisão, oferecendo maior segurança e confiança nas ações. Além disso, o amparo permite que suas respostas a situações de risco se tornem significativamente mais ágeis e apuradas. 

Do seu lado, os gestores conseguem planejar estratégias e implementar mudanças com base não apenas em sua experiência e no conhecimento, mas em dados consolidados.

 

1. Controle epidemiológico

A partir da análise dos dados do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) sobre os atendimentos realizados e os diagnósticos definidos, é possível mapear as regiões de onde vêm os pacientes com determinada doença. Esses dados permitem a identificação precoce de epidemias, o controle da transmissão de doenças infectocontagiosas, a criação de medidas de busca ativa de pacientes doentes, a destruição de focos de contaminação, a criação de campanhas para conscientização da população sobre tal doença e suas formas de prevenção e assim por diante.

 

2. Acompanhamento de indicadores

As análises retrospectivas dos atendimentos prestados ao paciente podem oferecer informações valiosas sobre o desempenho da equipe no tratamento de cada patologia, assim como o alcance das metas de produtividade. Todos os dados necessários para se chegar a conclusões relevantes podem ser processados pelo software de Inteligência Clínica, gerando relatórios e gráficos automáticos.

 

3. Minimização de erros médicos

Essas mesmas análises retrospectivas oferecidas pelas ferramentas de Inteligência Clínica também permitem a identificação de erros em todas as etapas do atendimento (como pedidos de exames, definição de diagnóstico clínico, prescrição médica e aplicação do medicamento, por exemplo). Após o devido reconhecimento do erro é possível analisar os fatores que levaram à sua ocorrência, determinando exatamente o que o causou e, assim, transformá-lo em exemplo para a prevenção de outras falhas semelhantes.

 

4. Redução de custos

Com a identificação de erros nos processos hospitalares e nos protocolos de tratamento por meio da interpretação das informações geradas pela Inteligência Clínica, a gestão hospitalar pode eliminar fontes de desperdício, aumentando a eficiência da instituição. Assim, com os mesmos recursos, o hospital passa a conseguir gerar resultados melhores e até atender a um número maior de pacientes.

 

5. Criação de protocolos

Com a análise de todos os atendimentos prestados e a verificação dos resultados gerados em cada um, além dos resultados obtidos por ensaios clínicos e pesquisas no hospital, é possível alterar os protocolos de atendimento para atender às peculiaridades da instituição e de seus profissionais. Pode-se instaurar, assim, o uso de tratamentos, novas medidas de assepsia antes da cirurgia ou do contato com o paciente, regras quanto à liberação de medicamentos da farmácia e assim por diante.

 

6. Atração de talentos

Um benefício secundário, mas muito relevante para a instituição de saúde, refere-se à atração de bons profissionais. Um hospital que emprega a Inteligência Clínica consegue oferecer ferramentas tecnológicas mais eficazes, modernas e úteis para o trabalho dos médicos, dos enfermeiros, dos técnicos e de todos os outros profissionais que compõem a equipe. Dessa forma, esse ambiente acaba atraindo os profissionais mais capacitados e qualificados para o trabalho, contribuindo ainda mais para a oferta de um serviço da máxima qualidade para o paciente.

 

7. Digitalização de documentos

Para garantir que o software de Inteligência Clínica terá acesso a todos os dados do hospital, é preciso digitalizar o máximo de processos e documentos hospitalares possíveis. Assim, o hospital poderá contar também com o PEP, agendamento eletrônico de consultas, faturamentos automáticos e sistemas digitalizados no setor de medicina diagnóstica, além das vantagens trazidas por eles, por exemplo.

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