Gestão em saúde: como as operadoras podem reduzir custos

Uma avaliação eficiente no sistema de custos pode proporcionar referências valiosas sobre a relação entre custo e benefício da rede credenciada, bem como sobre eventuais elevações sazonais nos índices de sinistralidade e possibilidades de investimento, além de dar um feedback significativo sobre a eficiência de gerentes, auditores e processos internos.

Gestão em saúde: como as operadoras podem reduzir custos

Uma avaliação eficiente no sistema de custos pode proporcionar referências valiosas sobre a relação entre custo e benefício da rede credenciada, bem como sobre eventuais elevações sazonais nos índices de sinistralidade e possibilidades de investimento, além de dar um feedback significativo sobre a eficiência de gerentes, auditores e processos internos. Na prática, com o agravamento da crise econômica nacional, mais de 600 mil brasileiros saíram dos planos de saúde só nos primeiros três meses de 2016, sabia? E a lógica por trás desse cenário não tem mistério: a inflação alta, os elevados custos de prestação de serviços de saúde e as variações cambiais tornam o desafio de se manter solvente extremamente difícil.

Porém, ao contrário do que muitos podem pensar, há, sim, caminhos para melhorar a gestão em saúde das operadoras! É gestor do segmento e precisa de uma certa orientação? Então dê uma olhada nas recomendações que preparamos para você no post de hoje! Acompanhe:

 

Investimento em home care

Uestudo feito por pesquisadores da área financeira e publicado na Revista de Informação Contábil, em 2013, provou que os beneficiários que possuem atendimento médico domiciliar reduzem cerca de 60% dos custos da operadora de plano de saúde. Apesar de ainda desconhecido no Brasil, esse é um caminho bem interessante seguido por outras nações, que apresenta um brutal impacto de redução de custos, sobretudo pela economia com diárias hospitalares.

Estímulo à medicina preventiva

Outra ação interessante já implementada por algumas seguradoras de países desenvolvidos é incentivar visitas regulares a especialistas. Por mais que estimular um maior volume de consultas médicas pareça ser contrassenso, é preciso lembrar que o custo de um beneficiário internado é infinitamente maior que os ressarcimentos à rede credenciada. Estudos mostram que 70% das internações poderiam ser evitadas por meio de ações simples, como verificação regular da pressão arterial, investigação dos níveis de colesterol e glicose, exames cardiovasculares e assim por diante.

Seguindo esse raciocínio, as operadoras podem impulsionar seus beneficiários a adquirirem o hábito de visitar o médico antes de perceberem alguma anomalia concreta, basicamente por duas formas:

  • Campanhas de conscientização: a operadora pode instituir datas especiais para cada ação (vacinação, exame de próstata e testes de glaucoma, por exemplo) em parceria com hospitais, centros de medicina diagnóstica e rede credenciada.
  • Descontos progressivos na mensalidade: considerando que as pessoas reagem a incentivos, dar descontos nos planos de saúde dos beneficiários que sejam proporcionais a suas demonstrações de preocupação preventiva com a saúde também impactarão positivamente os Demonstrativos de Resultados do Exercício (DRE) e os balanços das operadoras de saúde.

 

Promoção da qualidade de vida do idoso

Segundo a ANS, o percentual de idosos na carteira de beneficiários dos planos de saúde é de12,5% atualmente, mas a estimativa é que esse índice se amplie bastante nos próximos anos, em função do aumento de expectativa de vida do brasileiro e do maior acesso aos serviços de saúde por parte da nova classe média. Se a participação da população idosa nos planos de saúde aumenta sem parar, é mais que esperado que o gasto médio das operadoras com internação também se eleve. Entre 2007 e 2013, esses custos quase dobraram. Diante desse contexto, não comprometer os resultados líquidos das operadoras dentro de determinado período é quase um sonho.

Dessa maneira, as instituições do setor devem desenvolver programas de prevenção e qualidade de vida na terceira idade, envolvendo equipes multidisciplinares e atividades gratuitas. Parcerias com organizações de outros setores, objetivando facilitar o acesso desses beneficiários a atividades como yoga, hidroginástica e fisioterapia são altamente recomendáveis. Esses investimentos resultam em economia relevante e são brutalmente menores que os gastos com ressarcimentos a hospitais. Nesse segmento, o atendimento domiciliar também deve ser considerado ferramenta de gestão em saúde.

 

Aposta em atendimento eletrônico

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, no final de 2015, um ranking contendo as operadoras de planos de saúde mais reclamadas do país. O curioso é observar que a maioria das queixas se refere a mau atendimento. E não dá mesmo para negar: as equipes de call center das operadoras (que costumam ser terceirizadas) não possuem conhecimentos suficientes para orientar adequadamente o usuário. Se a capacitação dos profissionais que representam as operadoras diante de seus beneficiários é baixa, não é de se espantar que o resultado dessa conjunção seja desastroso — e ainda custa caro!

Uma alternativa para sair da lista negra da ANS e simultaneamente reduzir custos operacionais é investir em TI em saúde para criar canais de diálogo com os beneficiários. Uma ótima solução se refere às técnicas usadas no SAC 2.0, que podem ser estendidas a agendamentos, consultas a informações financeiras, resultados de liberações de exames e assim por diante. O SAC 2.0 emprega a inteligência artificial para tornar o velho atendimento eletrônico das empresas muito mais dinâmico e humanizado.

É uma revolução em relação aos antigos FAQs, que quase nada solucionam, já que são o resultado de algoritmos complexos, técnicas estatísticas e linguagem de máquina para criar uma espécie de robô capaz de responder aos mais diversos questionamentos de maneira mais assertiva e adequada, tudo por meio do site da empresa. O custo de implantação dessa ferramenta apresenta um altíssimo retorno sobre o investimento, uma vez que as despesas serão contrapostas pela redução permanente nos custos com pagamento de empresas de contact center ou manutenção de equipe interna.

SOUL MV Operadora - Simplifique também a gestão de contratos e beneficiários, processamento e auditoria de contas, autorização de procedimentos e muito mais. Saiba mais!

 

Implementação de um sistema de gestão

Fundamental para a gestão em saúde de excelência, um software de saúde organiza e controla os processos administrativos, financeiros e gerenciais das operadoras. Sistemas como esse simplificam atividades comerciais, de gestão de contratos e beneficiários, processamento e auditoria de contas, autorização de procedimentos e gestão financeira. Centralizando os dados, é possível ter uma visão mais clara do cenário financeiro da instituição, até porque essas soluções de TI para operadoras de planos de saúde também possuem módulos de monitoramento de tendências e indicadores de desempenho, gerenciamento de projetos e planos de ações.

Vale lembrar também que um sistema para operadoras de planos de saúde evita pagamentos indevidos nos comissionamentos, controla inconsistências nos dados enviados à ANS (evitando multas), além de assegurar a aplicação correta dos reajustes e nas épocas exatas, evitando perda de recursos por falha humana.

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