Gestão da operadora: 3 estratégias para promover qualidade de vida em tempos de home office

Com 80% dos beneficiários em planos coletivos, planejar junto ao cliente corporativo estratégias para minimizar riscos e agravos é fundamental em tempos de pandemia

Gestão da operadora: 3 estratégias para promover qualidade de vida em tempos de home office

Sem tempo para ler? Clique no player abaixo para ouvir.

O modelo de trabalho remoto nunca esteve tão bem estruturado nas mais diferentes empresas. Se antes da pandemia havia o temor da queda na produtividade por parte dos funcionários, hoje é certo que o bom uso da tecnologia proporcionou exatamente o efeito contrário. No entanto, manter a qualidade de vida de quem trabalha em home office é um dos maiores desafios para a gestão da operadora de Saúde, especialmente porque 80% do total de beneficiários está inserido em planos coletivos.  

Para Rodrigo Salgado Guerra, economista e superintendente executivo na Central Nacional Unimed, há um enorme potencial de ganho de qualidade de vida no home office. Mas, para isso, é preciso incorporar definitivamente os conceitos de medicina preventiva e monitoramento, especialmente em especialidades como saúde mental e nutrição. Afinal, muitas pessoas tendem a ter uma alimentação mais desregrada em casa, ou descuidar dos aspectos que envolvem o emocional.

“Nós, das operadoras de planos de Saúde, precisamos pensar agora na modelagem de nossos produtos para incorporar todos esses conceitos. E o principal é manter o bom relacionamento e conhecer bem o perfil dos clientes corporativos, entendendo até mesmo o número de funcionários que trabalham em casa, pois só assim dá para oferecer soluções certeiras de tecnologia e entregar saúde a essas pessoas”, frisa Guerra.

Nesse ponto, contar com tecnologias como um sistema para operadora e um sistema para gestão de relacionamento com o cliente (Customer Relationship Management, ou CRM), é indicado a fim de disponibilizar, automatizadamente, dados cruciais sobre a carteira de clientes.

Além disso, e a partir da experiência adquirida nos últimos meses, o especialista enumera as principais ações a serem tomadas pela gestão da operadora de Saúde em prol da qualidade de vida de quem está em home office. Acompanhe:

 

1. Idealizar programas pautados na atenção primária à saúde 

atenção primária deve ter como foco o autocuidado e a prevenção. Uma forma de garantir essa entrega é implementar um modelo onde o beneficiário encontra um médico de referência, que realiza uma primeira teleconsulta a partir do conceito de slow medicine. O objetivo é ter uma conversa longa e detalhada para fazer um mapeamento de todo o histórico familiar e de vida do paciente 

Depois, com esse material em mãos, é possível traçar uma linha de cuidados — preventivos ou terapêuticos — e o médico de referência pode ser acionado sempre que o usuário precisar. O contrário também acontece, e o médico pode acionar o beneficiário para fazer acompanhamentos periódicos.  

A partir disso, Guerra explica que uma célula de médicos e enfermeiros pode ser disponibilizada em caso de dúvidas dos pacientes, atuando tanto em prol dos clientes quanto dos colaboradores da operadora.

 

2. Estabelecer uma linha de cuidados para a saúde mental 

A saúde mental deve ser um dos maiores pontos de alerta para a gestão da operadora que pensa em estratégias voltadas aos beneficiários em home office. Pudera, já que os números em 2020 são alarmantes. Ao menos 40,4% dos brasileiros se sentiram frequentemente tristes ou deprimidos durante a pandemia da Covid-19, conforme um levantamento atual feito pela Marilisa Berti de Azevedo Barros, professora de epidemiologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).  

Para Guerra, o maior desafio é diagnosticar as doenças mentais, pois muitas vezes o quadro só se desvenda quando uma patologia secundária aparece. No entanto, as manifestações de síndrome do pânico, burnout e depressão ficam a cada dia mais evidentes, o que faz com que seja preciso prover ajuda psicológica e acolhimento à distância, com o uso da telemedicina.

eBook gratuito - Sistema Unimed - Desafios na gestão de operadoras de saúde. Clique aqui e baixe o seu!

 

3. Intensificar programas de atenção à saúde

Portadores de doenças como diabetes, hipertensão e patologias crônicas precisam de acompanhamento regular, com consultas periódicas para eventuais ajustes nas doses de medicamentos e, também, para acompanhar a evolução do quadro clínico como um todo. Mas, o encontro presencial não é a única maneira de manter a regularidade  fundamental para esses beneficiários. As teleconsultas se tornaram uma ferramenta crucial no período de isolamento ocasionado pela pandemia, pois garantem tranquilidade ao usuário, já que ele não precisa se locomover nem se expor em uma unidade de Saúde.

Um programa de atenção aos pacientes crônicos ainda pode usar ferramentas estratégicas, como um sistema de gestão automatizado que permite identificar e contatar todos os beneficiários diagnosticados com patologias crônicas e que deixaram de procurar atendimento médico, já que essa é uma atitude que pode colocar a saúde em risco. 

Para Guerra, a chave para tornar essas e outras estratégias mais eficientes é a gestão da operadora se antecipar ao momento da doença. E como fazer isso? O especialista cita ajudar o usuário a repensar seu planejamento alimentar, promover o autocuidado por meio de exercícios físicos e, também, dar suporte profissional.

“A operadora de Saúde deve ser uma curadoria de soluções de tecnologia que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas”, resume.  

Notícias MV Blog

;