Como otimizar a gestão da informação em laboratórios de análises clínicas

Para uma gestão da informação de sucesso, é indispensável a adoção de um modelo de gestão baseado em alguns eixos de segurança e integração

Como otimizar a gestão da informação em laboratórios de análises clínicas

O laboratório de análises clínicas realiza atividades que, em algum momento, impactam nas vidas das pessoas. Todo mundo realiza exames, dos mais simples aos mais complexos e com custos mais elevados. Por isso, suas atividades operacionais devem contemplar critérios rígidos de qualidade e segurança dos dados, entre outros protocolos que fortaleçam a instituição em um mercado cada vez mais exigente e competitivo.

Dentro desse contexto, o gerenciamento de laboratórios de análises clínicas sem o apoio de um sistema de gestão integrada, atualmente, é algo inviável e pode resultar em uma elevada possibilidade de fracasso no negócio. O grande número de dados que devem ser analisados exige respostas rápidas e precisas, necessitando da definição de um modelo de gestão baseado em alguns eixos. Entre eles, pode-se citar:

1 - Utilização de um sistema de gestão integrada que possibilite gerenciar as três etapas recorrentes da análise laboratorial (pré-analítica, analítica e pós-analítica). A gestão financeira está inserida em todas essas fases, permitindo acompanhar o ciclo da receita, além da rentabilidade ou prejuízos, em tempo próximo ao real, mitigando situações que poderão comprometer a saúde do negócio;

2 - Uso de LIS (Sistema de Integração Laboratorial), que agiliza o fluxo operacional na fase analítica, por meio do interfaceamento ou comunicação com todos os equipamentos utilizados da operação. Aqui, o sistema deve partir do viés da garantia da qualidade, transmitindo alertas e realizando o monitoramento de processos, assegurando assim a precisão dos resultados liberados, fidelizando médicos prescritores e pacientes;

3 - Afiliar o laboratório às sociedades acadêmicas que auxiliam na capacitação dos clientes internos com a oferta de cursos de aperfeiçoamento e participação em programas externos da Gestão da Qualidade (SBAC e SBPC são bons exemplos);

4 - Aquisição de sistemas B.I (Business Intelligence) que possibilitam a extração e análise de indicadores que auxiliarão na tomada de decisões a curto ou longo prazo com uma elevada probabilidade de sucesso;

5 - Possuir uma política de segurança quanto ao tráfego de dados. O uso de um Portal de Laudos e outros acessos externos deverão ocorrer em consonância com a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD e não deixar de seguir as recomendações de segurança da SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde) e outros grupos técnicos;

6 - Planejamento estratégico direcionado para a expansão do negócio com a modernização constante dos processos e fluxos internos. Como exemplo, a certificação digital, manter uma operação sem papel e disponibilidade da aplicação em “cloud”.

Seguindo os itens acima, mesmo que minimamente, ocorrerá uma contribuição relevante para uma gestão de qualidade e responda às elevadas exigências dos clientes internos e externos.

*Por Leonardo Santos

Farmacêutico-bioquímico especialista em Farmacologia, Informática em Saúde e Fontes Radioativas seladas “in vitro”, consultor na MV e possui vasta experiência em gestão de projetos e gestão hospitalar.

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