Entenda a importância da tecnologia em gestão hospitalar

Inserida na dinâmica de uma instituição de saúde, a informação é o insumo necessário e que possibilita a tomada de decisão, permite conhecer os custos, o grau de eficácia de seus processos internos, o andamento do fluxo de trabalho e também o desempenho de cada equipe, setor ou até mesmo o profissional.

Entenda a importância da tecnologia em gestão hospitalar

Inserida na dinâmica de uma instituição de saúde, a informação é o insumo necessário e que possibilita a tomada de decisão, permite conhecer os custos, o grau de eficácia de seus processos internos, o andamento do fluxo de trabalho e também o desempenho de cada equipe, setor ou até mesmo o profissional. Isso sem contar que fornece subsídios para prever a necessidade de novos investimentos como a expansão de uma área, aumento de leitos de UTI, calcular a rotatividade no atendimento e antever os níveis ideais de estoque de medicamentos e insumos. É por essas e outras que a informação prova ser, cada dia mais, o ativo mais importante de toda e qualquer instituição de saúde.

E por mais que até aqui estejamos tratando de otimizações de cunho administrativo, é evidente que a gestão dos dados clínicos e assistenciais também viabilizam que a instituição alcance a excelência nos cuidados de saúde dispensados ao paciente. Isso pode se dar por meio de uma visão 360º sobre todas as informações das condições clínicas do paciente advinda da implementação do prontuário eletrônico, da possibilidade, baseado nas evidências, propor o tratamento mais eficaz para o diagnóstico, reduzir consideravelmente a repetição de exames de imagem e de análises clinicas, integrar todas as áreas de apoio a área assistencial, garantindo um atendimento mais ágil e seguro ao paciente, tudo isso com a garantia de qualidade sem comprometer a assistência dispensada ao paciente.

Contudo, assim como geralmente ocorre nas organizações modernas, o crescimento exponencial da complexidade do ambiente de negócios impossibilitou continuar tratando os dados hospitalares por meio de sistemas rudimentares para cada departamento, planilhas de Excel ou anotações em agendas e editores de texto. É, aliás, essa resistência das instituições de saúde brasileiras em levar para seu contexto tecnologia integrada (com uso da inteligência de negócios, softwares de análises preditivas, PACS e RIS baseados na nuvem e sistemas de gestão hospitalar) uma das principais explicações para o colapso no sistema público e privado nacional tal como visto atualmente. Quer entender melhor a importância da tecnologia em gestão hospitalar? Então acompanhe:

 

Novo olhar sobre processos internos nas instituições de saúde

Para introduzirmos bem o assunto, podemos tomar as palavras do pesquisador Álvaro Escrivão Júnior, que diz que:

“A profissionalização da gestão na área de saúde deixou de ser uma vantagem competitiva ou um diferencial da instituição, tornando-se um determinante básico, como na maioria dos outros setores da economia”.

De fato, o aumento de custos dos insumos, a baixa remuneração das tarifas de serviços hospitalares, a credibilidade social conferida pelas inúmeras certificações e acreditações hospitalares, a formação de um novo perfil de paciente (de exigência elevada, mais próximo da imagem de consumidor de serviços de saúde), além da forte concorrência no segmento, são fatores que provocaram uma mudança de enfoque na saúde. Passou, assim, de transitar por uma visão centralizada e baseada no improviso para uma perspectiva sistêmica de gerenciamento profissional, focada em sistemas integrados de gestão administrativa, clínica e assistencial, inteligência artificial e telemedicina.

O objetivo de todas essas implementações é, basicamente, valorizar a construção e o compartilhamento do conhecimento, a melhoria na qualidade dos cuidados clínicos e assistenciais, melhoria nos processos e controles, erradicação do retrabalho, aumento da produtividade dos profissionais e, é claro, a redução dos custos associados à prestação de serviços sem perder qualidade.

 

Benefícios do uso de sistemas de informação na gestão hospitalar

Agora vamos abordar exatamente o que a tecnologia em gestão hospitalar pode trazer de benefícios para as instituições que a adotam. Veja só:

 

Redução de erros médicos

Entre os anos de 2010 e 2011, o Brasil assistiu a um crescimento de 52% nos erros médicos, representando, além de vidas perdidas, uma enxurrada de ações judiciais envolvendo indenizações milionárias. Após aplicadas as penalidades devidas, a continuidade do funcionamento de algumas dessas instituições foi inclusive inviabilizada!

A verdade é que boa parte dos erros ocorridos no dia a dia dos hospitais poderia ser evitada com o auxílio de soluções de TI em saúde!

Sistemas de informação como PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente) com inteligência clínica geram em tempo real alertas à equipe médica e de enfermagem, impedindo erros com interações medicamentosas, superdosagens, reações alérgicas, interações medicamentosas, droga x diagnóstico, droga x resultado de exame e drogas x nutrientes, troca de medicamentos entre pacientes, administração das medicações em horários errados, atraso na checagem das medicações ou até mesmo a falta da prescrição de um exame para determinar o diagnóstico do paciente.

Portanto, todas as informações clinicas reunidas em uma única solução, permitem que o médico assistente possa determinar com mais precisão e no menor tempo, o diagnóstico do paciente. A compilação de estas informações clinicas em uma única base também permitem que o médico proponha o tratamento mais adequado a ser dispensado ao paciente, pois atualmente a grande maioria das plataformas, permite a integração das informações clinicas do paciente com portais de conteúdo médico, facilitando a tomada de decisão, comparado a situação do paciente a outros casos já relatados.

Como curiosidade, vale destacar que um levantamento feito pela Universidade de Chicago revelou que milhares de bebês poderiam ser salvos anualmente se os hospitais tivessem em seus bancos de dados todas as informações da saúde dos pequenos (desde a fase fetal) em prontuários eletrônicos.

 
Confiabilidade e segurança no acesso das informações

Informações clínicas e administrativas armazenadas em nuvem ou servidores locais, facilitando seu acesso por meio de qualquer dispositivo que conte com sinal de internet ou acesso permita acesso à rede interna.

Entretanto, por mais que isso possa gerar uma certa desconfiança a respeito da segurança dos dados, vale adiantar que todas as informações podem ser devidamente criptografadas, impedindo sua visualização por pessoas não autorizadas. Certificados digitais, backups e autenticação de dois fatores são outros dos muitos recursos de proteção que fazem dos registros hospitalares digitais muito mais seguros que anotações gravadas em planilhas, editores de textos, documentos em papel ou sistemas sem integração.

 

Visão integral sobre os processos internos

Para melhorar processos é preciso, antes de mais nada, realmente entendê-los, certo? Pois um software de gestão hospitalar proporciona aos tomadores de decisão ter uma visão completa de todos os processos internos da instituição, passo inicial para otimizar procedimentos administrativos e dar mais dinamismo ao workflow. Reduzir o tempo de fechamento das contas, assegurar o ciclo correto de compras, reduzir as glosas hospitalares: quem conhece seu ambiente corporativo gerencia com excelência, o que é fundamental para manter a saúde da própria instituição.

 

Redução de custos por diversas vias

Essa redução ocorre simultaneamente em múltiplas perspectivas, indo desde a diminuição da ociosidade das salas, dos equipamentos e profissionais (por meio da distribuição inteligente dos recursos), passando pela maior rotatividade no atendimento aos pacientes e pela administração precisa de medicamentos (em função de diagnósticos baseados em informações mais completas advindas do PEP) até chegar à redução das glosas médicas por força da melhoria dos processos. São inúmeras as vias de redução de custos e, por consequência, de ampliação da vantagem competitiva do hospital.

 

Fortalecimento da credibilidade da instituição

Uma instituição que atende bem, atende rápido e é integralmente tecnológica tem força no segmento, quando comparada a concorrentes que ainda trabalham com processos manuais ou bancos de dados pouco sofisticados.

E a consequência final de todas as mudanças citadas acima é o alcance da missão de qualquer hospital: a prestação de assistência à saúde ao nível de excelência!

 

Exemplo prático do poder da tecnologia em gestão hospitalar

De acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, entre 20 e 25% dos hospitais brasileiros usam sistemas de informação. Mas esse percentual ainda é muito pequeno, especialmente se comparado a outros países, cujos índices chegam a beirar os 100% (caso dos Estados Unidos). Por aqui, as instituições do setor estão despertando tardiamente para a necessidade de reduzir custos e otimizar processos por meio de ferramentas de TI em saúde.

Mas um case de sucesso interessante que comprova o poder da informatização na gestão hospitalar é visto pelos números do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, que, após a implantação de um sistema de gestão de materiais informatizado (SGM), diagnosticou uma redução de 8,13% no consumo de materiais, além de diminuição na quantidade de itens no estoque em 26,22% e minimização de 12,46% nos custos do setor. Com isso ainda fica alguma dúvida sobre a dimensão do retorno sobre o investimento que a TI traz ao setor de saúde?

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