5 formas de transformar a experiência do cliente com a inteligência artificial

Entre múltiplos usos e aplicações, tecnologia tem potencial para empoderar indivíduos para o autocuidado enquanto dá mais tempo a profissionais para praticarem uma medicina humanizada

5 formas de transformar a experiência do cliente com a inteligência artificial

A inteligência artificial é uma ferramenta essencial ao aprimoramento do setor de Saúde. Entre seus usos mais comuns estão a detecção de achados diagnósticos, especialmente na radiologia, e o monitoramento ativo de pacientes internados. Mas há outras possibilidades para essa tecnologia, com destaque para aquelas relacionadas à experiência do paciente e do profissional, com potencial para transformar a gestão do cuidado e o autocuidado em um futuro bem próximo. 

Um levantamento da consultoria norte-americana Tractica, realizado em 2018, aponta que o mercado de IA deve seguir em alta no mundo, com estimativa de movimentar US$ 34 bilhões de dólares (o equivalente a mais de R$ 176 bilhões) até 2025. Os destaques serão as áreas que facilitam a tomada de decisão do médico, como a análise de imagens e de eficiência para novas drogas, além de recomendações terapêuticas.

A capacidade de melhorar a experiência do cliente com o sistema de saúde também será uma grande aposta do desenvolvimento da tecnologia. Quem garante é Cezar Taurion, vice-presidente da Cia Técnica Consulting e sócio de Transformação Digital & Economia da Kick Corporate Ventures.

“O maior ganho que a inteligência artificial pode dar ao cliente é o empoderamento", constata. 

Taurion exemplifica: com smartphones, o cliente pode ser monitorado continuamente e, por isso, qualquer anomalia é rapidamente identificada.

“A tecnologia dá mais condição de vida a todos, pois permite que o próprio cliente assuma o controle de sua saúde”, resume Taurion, lembrando que aos poucos a medicina vai se transformando e “deixa de ser corretiva para ser preditiva, deixa de ser esporádica para ser contínua, até ficar cada vez mais personalizada.”

Entre as áreas onde a inteligência artificial pode transformar a experiência do cliente estão a prevenção de doenças e o estímulo ao autocuidado; a melhoria da gestão do cuidado ao evitar possíveis erros e eventos adversos; o monitoramento de pacientes crônicos e, eventualmente no caso de cirurgias, o pós-alta para acompanhar a evolução.

“Tudo isso reduz as idas desnecessárias às emergências e clínicas médicas, ampliando, também, a segurança do paciente quando ele está dentro e também fora do sistema”, destaca o especialista.  

Acompanhe agora 5 formas de transformar a experiência do cliente usando a IA na Saúde: 

 

Potencializar o papel do médico 

O uso de um assistente virtual que seja de fato inteligente — não como os atuais chatbots de marcação de consultas e exames — pode ajudar o próprio cliente a realizar uma boa triagem a partir dos sintomas relatados.

“Esses assistentes virtuais seriam como um segundo médico, complementando o diagnóstico do especialista e apresentando prognósticos”, acredita Taurion.  

 

Prevenir eventos adversos agudos 

Hoje o sistema de saúde é pensado para que o cliente precise sentir algo ou até mesmo chegue a desenvolver eventos agudos para receber ajuda médica apropriada. Mas a inteligência artificial pode prevenir que isso aconteça, alterando a mentalidade da gestão em saúde e do próprio paciente:

“Há tecnologia suficiente até mesmo para impedir que um infarto agudo do miocárdio aconteça. Isso graças a achados científicos que identificam a presença de microexpressões no rosto que antecedem o infarto. Assim, uma câmera dotada desse tipo de inteligência artificial pode alertar para o risco iminente e encaminhar o cliente ao pronto-atendimento antes do infarto acontecer”, descreve Taurion.

 

Eliminar consultas presenciais desnecessárias 

“A inteligência artificial pode dar hoje ao médico um recurso escasso: o tempo”, constata Taurion, lembrando que a tecnologia tem enorme potencial de evitar que o médico perca momentos preciosos da consulta digitando dados do cliente no sistema.

“Ela ainda pode servir para o acompanhamento e o monitoramento a distância e, assim, sempre que acontecer uma consulta presencial, o médico poderá de fato usar o momento para conversar com o cliente.”

 

Monitorar e acompanhar sinais vitais 

Por meio de aplicativos de smartphones, o cliente já consegue acompanhar dados importantes sobre a própria saúde, como os batimentos cardíacos, o ciclo do sono e o nível de glicose do sangue.

“Ao tirar uma foto, a inteligência artificial consegue avaliar a íris e as microexpressões que podem indicar se algo não vai bem. Dá também para fazer eletrocardiograma pelo celular e, pela tosse, acompanhar como está a saúde pulmonar”, diz Taurion

Listando os benefícios e lembrando que todos os dados permanecem armazenados nos aplicativos e podem ser integrados a sistemas de gestão em instituições que adotam a Saúde Digital como estratégia. Assim, ganha-se em qualidade de assistência e, consequentemente, na experiência positiva do cliente.

 

Dar acesso a uma medicina mais humanizada

inteligência artificial dá tempo para que o médico possa olhar seus clientes como pessoas e não como uma página de exame a ser analisada.

“Por isso, o meu lema é que nós precisamos tirar o robô de dentro do médico e tornar a medicina mais humana”, destaca Taurion.  

Para alcançar essas e outras transformações, é fundamental utilizar a IA combinada a outras tecnologias, escalando o potencial da transformação digital com foco no cliente, em suas vivências, no que ele sente e, principalmente, na experiência que tem quando está dentro e também fora da organização de Saúde.  

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