Tendências para saúde e tecnologia são pauta de webinar
No que tange a medicina, alguns artefatos possíveis já são debatidos, como óculos de realidade virtual para consultas com o médico a distância.
Para debater as tendências para a saúde e tecnologia em 2023, a MV, multinacional líder na transformação digital da saúde, promoveu encontros online, no mês de fevereiro, com as seguintes temáticas: 5G na telemedicina; Internet das Coisas; Metaverso; Nuvem e Cibersegurança. O evento contou com 10 especialistas e aberto ao público.
O primeiro tópico trouxe ao centro da discussão um tema surpreendentemente positivo para a medicina do futuro: o metaverso. Trata-se de uma realidade que atravessa barreiras físicas e que pode auxiliar a medicina e a gestão da saúde. O metaverso traz a ideia de que poderemos interagir com qualquer pessoa em qualquer parte do mundo e, lá, também poderão ser criadas novas possibilidades de sistemas econômicos.
Para os especialistas que precisam do toque para a realização dos exames, dispositivos poderão medir glicose, aferir pressão e, com luvas especiais, poderão sentir claramente o estado de saúde do paciente.
O mais impactante, entretanto, é a criação do gêmeo digital, que, inicialmente, tem o objetivo de ser uma cópia com todos os dados da pessoa, como prontuário, história clínica, exames em tempo real. Dali poderão ser realizadas ações médicas para dar previsibilidades de tratamentos. O gêmeo digital pode participar de simulações baseadas na saúde atual para antever doenças, por exemplo, dando chance para mudanças de tratamento. As cópias da equipe médica podem ser treinadas no metaverso, por exemplo, para cenários de doenças graves ou acidentes, sem a necessidade de gerar risco real.
Boa parte das mudanças serão impulsionadas pela chegada do 5G e do 6G, que permitirão uma velocidade capaz de monitorar o paciente em tempo real, por meio de dispositivos, e também abrir espaço para a implementação de telecirurgias e telemonitoramento.
Um ponto sensível em todas essas tendências é a possibilidade de dar acesso médico a quem ainda não tem. A medicina tradicional tem dificuldades de transpor espaços para chegar em interiores brasileiros, mas, 80% das pessoas em área rural utilizam a internet pelo celular. Então, a grande benesse é que pessoas sem acesso básico à medicina possam ter acesso mais qualificado à saúde primária. Por exemplo, um agricultor que utiliza um dispositivo que pode detectar alterações cardíacas e está conectado ao 5G, caso capte uma arritmia importante, pode enviar as informações para uma central e ter sua vida salva, porque foi atendido a tempo.
Vale salientar que para proteger os pacientes e os dados, todas as tecnologias e suportes deverão ser certificados. E ainda falando da dos dados e dos pacientes, é preciso investir em nuvem segura e cibersegurança, pois as tecnologias avançam assim como a ousadia dos criminosos. Então, a tendência é que os firewalls, antivírus e todos os protocolos de segurança avancem ainda mais, permeando toda a empresa e garantindo que as máquinas e inteligências artificiais possam antever ataques, num futuro próximo.
Por fim, a internet das coisas na saúde também permeará nosso futuro com muitas inserções, dispositivos e gadgets, com foco em personal health, facilitando diagnósticos e a assistência médica a distância.