Telerradiologia: quatro passos cruciais para a estratégia
A telemedicina, uma das principais tendências para a Saúde, já é amplamente adotada no Brasil na área de diagnósticos, dentro da telerradiologia.
“Há empresas que só trabalham com laudo remoto”, comenta Claudio Giulliano, sócio da Folks.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) já estipula regras e condutas sobre o tema.
“É comum ver médicos radiologistas trabalhando de casa, mas não pode haver laudos de ultrassonografia”, contextualiza o especialista.
“Tecnologicamente, a telerradiologia se torna cada vez mais fácil, graças à ampliação da velocidade dos links de comunicação e da capacidade dos equipamentos”, completa.
Para uma estratégia de telemedicina diagnóstica, é preciso considerar quatro aspectos:
PACS
primeiro passo é implantar um Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens (PACS, da sigla em inglês) para capturar, armazenar e distribuir as imagens coletadas nos exames. Por meio do sistema, é possível visualizar os resultados remotamente, o que permite ao médico fazer o laudo à distância, dependendo somente de uma conexão com a internet. Isso leva ao segundo item necessário.
Link de comunicação
Para que a telerradiologia funcione, é essencial haver uma rede de internet de alta qualidade e desempenho.
“As especificações do link vão variar conforme o volume e o tamanho das imagens”, aconselha Giulliano.
Definição de processos
É essencial entender como será o monitoramento e qual a disponibilidade dos profissionais — se eles serão próprios ou terceirizados —, além de estipular os protocolos exclusivos.
"É preciso haver uma definição detalhada, de acordo com o tipo de exame que será introduzido no sistema de telerradiologia”, contextualiza o especialista.
Portal de exames
Para quem quer avançar no PACs, o portal de exames é um espaço de comunicação entre entidade e o paciente e pelo qual é possível ter acesso remoto aos laudos e às imagens, assim como já ocorre com os laboratoriais.
“Os portais ainda não foram amplamente adotados, estão presentes só nos centros e hospitais mais avançados, porque demanda uma base tecnológica integrada importante”, finaliza.