Tecnologia da Informação: a serviço da gestão ou da estratégia?

Não é de hoje que a Tecnologia da Informação (TI) faz com que as instituições transcendam seu espaço físico. No nosso segmento, por sua vez, a ampliação dos espaços institucionais amplia também o conceito de saúde para todas as atividades da organização, possibilitando através de processos novas formas de relacionamento com pacientes, médicos, instituições e com a sociedade.

Tecnologia da Informação: a serviço da gestão ou da estratégia?

Contrapondo a essa abordagem global no uso da TI, no campo prático muito se ouve e se debate sobre uma vertente que, dentro de uma visão reducionista, restringe a TI aos aspectos da gestão operacional, e de outra, de visão desenvolvimentista, que superdimensiona a TI ao universo da estratégia. Este contraditório proporciona a seguinte provocação: Seria a TI uma aliada fundamentada nos aspectos da gestão operacional ou nos aspectos estratégicos das organizações?

No contexto operacional, alcançar a alta performance em processos que impactem em melhoria sistêmica, gerando redução de custo e ampliando receitas é um desafio constante em qualquer organização. Nessa perspectiva, as ferramentas de TI se desenvolveram como aliadas fundamentais na busca pela integração das informações e automação em processos, tornando-os:

  • Mais eficazes;
  • Diminuindo variabilidades e gargalos;
  • Impactando no ganho de eficiência, tanto em processos assistenciais como administrativos.

Já no contexto estratégico, a TI ganha dimensões fantásticas, muitas vezes, quase que num lance mágico, é o elemento maior de desequilíbrio na competitividade do mercado, acumulando ganhos de marca, de prestígio institucional e ganhos econômicos para o negócio.

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Nessa visão, não basta apenas que as organizações estejam com seus recursos e ferramentas tecnológicas estabelecidas consolidadamente na instituição, é preciso estarem alinhadas com as suas estratégias. Dessa forma, a TI estará contemplada nas perspectivas estratégicas, objetivando o desenvolvimento de novos produtos e operações estratégicas que proporcionarão a vantagem competitiva da organização.

Na esteira do uso da TI, deve ser considerado como obrigatório o enfrentamento de fatores sociais e econômicos que representam as principais variáveis que precisam ser equacionadas e representam os grandes desafios do futuro da área da saúde, entre elas:

  • Envelhecimento acelerado da população;
  • Os crescentes aumentos dos custos;
  • Avariabilidade da prática médica;
  • A dimensão dos custos fixos;
  • A necessidade crescente de automação dos processos e controles, entre outras.

É nesse contexto, que instiga e movimentará o nosso futuro, que a TI deverá estar presente e cumprir com a sua contribuição, tanto nas questões de gestão operacional quanto gestão estratégica.

Caberá às instituições de saúde, no seu limite, efetuarem os investimentos necessários em tecnologias que apoiem seus processos e que, alinhadas com suas estratégias, sejam fatores de vantagens competitivas nos seus produtos e no negócio institucional. Sabe-se que investimentos em recursos que agreguem eficiência e alta performance, reduzem custos e tornam a organização mais competitiva.

Por fim, tanto estrategicamente como operacionalmente, a TI deve contribuir para alcançarmos uma performance superior, diminuindo as barreiras institucionais e ampliando suas ações no âmbito do mercado. A importância da TI, deve transcender as barreiras organizacionais, permitindo integrar informações e processos, criar produtos, conectar pessoas e proporcionar às organizações elevados patamares de eficiência e resultado.

Por Alceu Alves da Silva, diretor geral do Sistema de Saúde Mãe de Deus.

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