Pagamento por performance: como aplicar na medicina diagnóstica?

São muitos os desafios que as instituições de saúde enfrentam quando se trata de alcançar uma gestão eficiente.

Pagamento por performance: como aplicar na medicina diagnóstica?

Por isso, estar a par das melhores práticas existentes no mercado e conhecer o que vai surgindo de novo e que pode ser aplicado à gestão é sempre importante.

Hoje falaremos do pagamento por performance, uma forma diferente de contrato que pode ser estabelecido entre as próprias instituições de saúde ou entre as instituições e os profissionais que nelas atuam, fazendo com que o desempenho da instituição ou do profissional é que seja considerando, não o volume de procedimentos realizados em prol do paciente. No pagamento por performance o foco está sobre a qualidade dos serviços prestados e os resultados alcançados, isso é que determina o pagamento a ser feito. Mas isso não é tudo, existem pormenores que você precisa conhecer para ficar inteirado sobre esse conceito e descobrir como aplicá-lo na medicina diagnóstica. Acompanhe nosso post e saiba mais.

 

Benefícios do pagamento por performance

Em âmbito internacional o pagamento por performance, baseado na avaliação por desempenho, já tem sido testado e vem sendo cada vez mais aceito. No Brasil, algumas iniciativas de aplicação do conceito também já foram tomadas e a constatação foi de que ocorreu uma melhoria no nível de satisfação dos pacientes.

O fato é que quando a remuneração fica vinculada ao alcance de metas previamente estipuladas em contrato e vinculada à melhoria dos resultados nos serviços de saúde, as chances de que hospitais ou clínicas otimizem seus sistemas de gestão é maior e o cenário mostra-se promissor.

Ocorre uma necessária revisão dos processos internos a fim de detectar ineficiências desalinhadas com a geração de valor ao paciente e que representem empecilhos ao alcance das metas. A instituição preocupa-se em otimizar o fluxo de seus processos e com isso é beneficiada, inclusive, quanto ao controle dos gastos com realização dos serviços de saúde: um número exorbitante de procedimentos realizados não significa que o paciente é atendido com excelência, isto é, os benefícios para os pacientes nem sempre ficam claros. E ainda gera outras dificuldades, como sobrecarga do setor financeiro, do faturamento e ter de lidar com um grande volume de auditorias.

 

Como funciona o pagamento por performance?

Na situação em que o contrato de pagamento por performance seja realizado entre as instituições de saúde o repasse dos recursos ocorre em dois momentos distintos: antes, no momento de assinatura do contrato, em que já fica estabelecida nas cláusulas a “parte fixa” que será paga pelos serviços. Depois, num momento posterior, que é quando acontece a avaliação dos resultados conseguidos, a depender das metas estipuladas contratualmente. Esta última seria a “parte variável”.

Já no caso onde o contrato seja entre a instituição e os profissionais contratados por ela, a remuneração dividi-se entre a parte fixa e o bônus, recebido conforme o desempenho do profissional. Tudo previamente estabelecido em contrato, sem dúvida. Inclusive sobre o cálculo da bonificação.

Os passos mais importantes para que a avaliação por desempenho e o contrato de pagamento por performance tenham êxito são:

  • Uma definição atenta e consensual dos indicadores e das metas, cuidando para existir a atribuição de um peso para cada indicador. Dessa forma, fica clara a relevância de cada um deles e o valor que possuem na contabilização do pagamento associado à performance;
  • A elaboração do contrato em si, com cláusulas bem definidas e também a definição da fórmula para compor os pesos de cada indicador e de cada meta que deverá ser alcançada, só assim é possível calcular o pagamento variável a ser recebido pela performance obtida.
  • Definição contratual da parte fixa e da parte variável, que no caso de ser um contrato entre a instituição e os profissionais trata-se de um “bônus” associado à performance do profissional de saúde.

 

Foco sobre a qualidade dos serviços

Enquanto o pagamento por procedimento estimula o volume de procedimentos realizados, o pagamento por performance estimula a qualidade dos serviços. A realização de muitos procedimentos sobrecarrega a gestão da clínica ou do hospital e não garante que o público usuário dos serviços assistenciais de saúde esteja plenamente satisfeito.

Quando o pagamento não se dá em função da performance o que acontece é que tanto os profissionais ou instituições contratados que se esforçam para realizar um serviço de boa qualidade quanto os profissionais ou instituições indiferentes à qualidade dos serviços fornecidos serão remunerados da mesma forma, fazendo com que inexistam estímulos para elevar a qualidade desses serviços prestados.

 

Motivação e mudança na cultura interna da clínica ou do hospital

A contratualização com base na performance acaba por motivar a instituição contratada, ou os profissionais contratados, a apresentar bons resultados e melhorar os já obtidos. Tentar alcançar as metas e ambicionar uma bonificação é um estímulo a mais que contribui para a elevar a qualidade dos serviços, desde que as metas e os indicadores estejam claros no contrato, assim como o cálculo do valor financeiro que será concedido pelo desempenho apresentado.

Se uma clínica, por exemplo, em vez de ter de lidar com a realização rotineira de um volume alto de exames lidar apenas com uma meta, prevista em contrato e consensual entre as partes, terá mais disponibilidade para direcionar os esforços à realização dos exames com atenção ao mínimo pormenor, terá mais controle sobre o aspecto financeiro, menos tempo despendido em processos de auditoria e ainda marca pontos a favor da construção da própria credibilidade, pois exames bem feitos favorecem avaliações médicas e relatórios médicos de maior exatidão e confiáveis.

O conceito de contrato que implica o pagamento por performance, baseado na avaliação de desempenho, é eficaz para motivar funcionários e instituições, tendo ainda como vantagem para a instituição o fato de poder exercer um controle mais aproximado de tudo que está sendo realizado, já que deve garantir que as metas sejam cumpridas. Para tanto, é importante que os parâmetros considerados por via contratual sejam adequados à realidade das instituições de saúde e os objetivos ambicionados sejam, além de possíveis, satisfatórios para garantir qualidade no atendimento ao público.

Para sucesso desse tipo de contratualização deve existir uma mudança nos processos internos e na própria cultura organizacional das instituições de saúde. Uma ferramenta imprescindível para viabilizar essa mudança é um sistema informatizado eficiente. Isso porque a transparência passa a ser um dos critérios que evidencia a performance e transparência depende essencialmente de um sistema informatizado eficiente que esclareça a efetiva realidade da gestão do hospital ou da clínica.

Conseguiu compreender melhor como funciona o pagamento por performance? Percebeu como é possível aplicar o conceito dentro da instituição de saúde?

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