PACS: o impacto do reconhecimento de voz no dia a dia do radiologista

Ferramenta que transforma áudio ditado em texto traz agilidade, qualidade e reduz custos dos centros de diagnóstico

PACS: o impacto do reconhecimento de voz no dia a dia do radiologista

A radiologia digital já é realidade em muitos centros de medicina diagnóstica no Brasil. Com a integração dos Sistemas de Comunicação e Arquivamento de Imagens (Picture Archiving and Communication System — PACS) e Sistemas de Informação em Radiologia (Radiology Information System — RIS), a ferramenta de reconhecimento de voz para elaboração de laudos é vista como facilitador no trabalho cotidiano do radiologista.

Sem a opção, o radiologista precisa interromper a análise da imagem para digitar ou, ainda, transcrever, posteriormente, o laudo gravado. Muitas vezes, o trabalho de transcrição envolve outros profissionais, ampliando os custos e o tempo necessário para finalizar o documento. A ferramenta de reconhecimento de voz funciona por meio de um microfone acoplado ao equipamento, que transcreve a fala, automaticamente, no software. Possibilita ainda o reconhecimento de palavras específicas da área, além de viabilizar a realização de treinamento para se adequar melhor a qualquer tipo de voz.

O principal benefício da informatização proporcionado pela ferramenta de voz é agilidade, explica Claudio Giulliano, sócio da Folks.

“Muitas vezes o radiologista precisa fazer laudos longos. Com o reconhecimento de voz, ele não tem a necessidade de mudar de tela para digitar o que vê no exame, apenas faz a descrição em voz alta.” A ferramenta também traz qualidade, avalia Giulliano.

“O profissional pode observar as imagens com mais atenção, já que não existe a necessidade de se concentrar em dois trabalhos diferentes: analisar e digitar.”

Além do ganho de produtividade, já que um mesmo profissional pode elaborar os laudos em menor espaço de tempo, o sócio da Folks destaca que a solução gera economia no setor de documentação, eliminando a etapa de digitação, geralmente feita por outro profissional, e a posterior revisão e assinatura do radiologista.

“Assim a dependência de outras pessoas no processo do laudo diminui e a autonomia do médico radiologista aumenta”, afirma Giulliano.

 

Implantação

Para adotar o reconhecimento de voz, o sócio da Folks explica que o centro de diagnóstico deve contar com os sistemas PACS/RIS integrados. O PACS permite que os dados sejam cruzados e que as imagens geradas pelos equipamentos de exames sejam manipuladas mesmo a partir de acesso remoto. O banco de dados do RIS integrado ao PACS facilita o processo comunicativo entre eles para que o gerenciamento das imagens seja mais acertado ao ser combinado a outros dados clínicos do paciente. Manter apenas um registro do paciente é um dos benefícios da integração. Além do reconhecimento de voz, Giulliano cita outras funcionalidades:

“Uma delas é a possibilidade de se fazer laudo remoto e acessar os dados disponíveis a partir de qualquer lugar. Com esse modelo, as centrais de laudos se tornaram um negócio interessante no mercado de Saúde nacional, pois conseguem suprir a demanda por radiologistas em localidades onde eles não estão disponíveis.”

Além disso, a ferramenta possui uma base de conhecimento integrada, pela qual é possível consultar dados de determinadas doenças e suas indicações diagnósticas mais atualizadas, tudo dentro da mesma interface. Há ainda a possibilidade de incluir ferramentas como a Reconstrução Multiplanar (MPR), Projeção de Intensidade Máxima, Mínima e Média (MIP/mIP/Média) e o uso do 3D, facilitando e trazendo ainda mais qualidade para a elaboração de laudos e para a gestão estratégica.

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