Especial #2: a transformação digital no hospital

Saiba quais são os principais impactos da tendência na rotina e na gestão do ambiente hospitalar

Especial #2: a transformação digital no hospital

Os hospitais não poderiam ficar de fora da revolução proporcionada pelo avanço da tecnologia. Além de mudar os processos e rotinas de trabalho, a transformação digital no ambiente hospitalar tem impacto direto na gestão. Contar com bancos de dados dos pacientes e sistemas integrados de informações auxilia na elaboração de estratégias para garantir melhor aproveitamento dos recursos, sejam eles financeiros, materiais ou humanos.

O uso da tecnologia também promove gestão mais eficaz das decisões médicas e do cuidado assistencial. Ao ficar menos suscetível ao erro, a relação dos hospitais com as operadoras e a realização do diagnóstico é impactada positivamente.

A transformação digital ainda agrega poderosas ferramentas que podem auxiliar na prevenção e correta gestão de surtos de doenças como dengue, zika vírus e febre-amarela. Quando se recorre a estratégias inteligentes para a gestão desses casos, como compartilhamento de informações instantâneas, é possível detectar a anormalidade e trabalhar em cenário planejado, portanto, mais previsível.

Um importante passo para um hospital ingressar na transformação digital é trocar o papel impresso pelos documentos eletrônicos. A partir daí, se faz necessário investir em sistemas que captam as informações dos pacientes e as exibem de maneira inteligente e útil para facilitar a compreensão de um cenário ou identificação de tendência. Com ferramentas como o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) e sistemas de gestão, os históricos dos usuários dos serviços de Saúde tornam-se mais acessíveis.

 

Hospital Digital

Uma das mais importantes metodologias que auxiliam no processo de transformação digital no hospital foi criada pela Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS). O modelo HIMSS EMRAM possui oito estágios, de 0 a 7, que classificam as entidades conforme o nível de digitalização de processos.

Ao realizar imersão na transformação digital, hospitais reduzem riscos e, consequentemente, custos. Problema amplamente debatido nesses ambientes é a segurança do paciente, já que muitos erros médicos são cometidos pelo fator humano. Por exemplo, na prescrição de um medicamento, o profissional pode errar a dosagem ou não relacionar que determinado remédio tem interação com outro e anula seu efeito, ao ignorar o histórico do usuário. Tudo isso pode ser evitado com um sistema de prescrição, que emite alertas sobre os dados dos pacientes.

Tendo processos parametrizados e controlados, é possível evitar o desperdício e a incidência de erros, abreviando a permanência desnecessária do usuário no ambiente, portanto, reduzindo o nível de exposição e elevando a segurança do paciente. Um exemplo é a identificação de risco de sepse no hospital, que fica em torno de 11% sem o uso da tecnologia e 15% com o uso da tecnologia, conforme a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (Sbis). Apesar de o Hospital Digital não ser o único aspecto da transformação digital da Saúde para esse tipo de organização, já dá o tom de como a informatização auxilia nos resultados finais: a taxa de mortalidade dos pacientes em instituições que estão no nível 7 da HIMSS diminui consideravelmente. Veja alguns dados:

  • Mortalidade por ataque cardíaco;
  • Instituições que não adotam tecnologia: 17%;
  • Instituições com modelo de maturidade e nível 7: 10%;
  • Morte por problemas respiratórios;
  • Sem uso da tecnologia: 27%;
  • Com uso da tecnologia: 19%.

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