Especial #1: a transformação digital nas operadoras de Saúde

Tecnologia pode auxiliar na prevenção de doenças e, assim, reduzir custos com beneficiários

Especial #1: a transformação digital nas operadoras de Saúde

A transformação digital — movimento onde os processos e procedimentos analógicos de todos os setores da economia dão espaço aos informatizados — afeta diretamente também a Saúde, sob a promessa de melhoria da competitividade e mais segurança e qualidade de vida ao paciente. Neste primeiro conteúdo especial sobre o tema produzido pela MV, o aspecto abordado é a transformação digital nas operadoras de Saúde.

No caso dessas organizações, abandonar o papel e se digitalizar é um desafio, pois é preciso deixar de lado a figura de automatizadora/pagadora para assumir posição mais consultiva e centrada no beneficiário, focando em qualidade de vida e na prevenção de doenças.

A digitalização é ferramenta que auxilia na gestão dos usuários e na regulação do setor. O cenário atual de beneficiários — cada vez mais empoderados, com acesso à informação e exigindo serviços de qualidade que garantam seu bem-estar — pode, aliado à tecnologia, se tornar fator de redução de sinistralidade para a operadora. Isso porque, por meio das medicinas preventiva e preditiva, esse beneficiário cuida melhor da saúde, previne doenças e agravos e, consequentemente, custa menos.

Com a transformação digital, a operadora de Saúde pode assumir o papel de estimular essa prevenção por meio de visitas regulares a especialistas, realização de exames para detectar doenças no início ou acompanhamento de grupos de risco para algumas patologias crônicas. A informatização auxilia, inclusive, a prevenir e controlar surtos comuns nos últimos anos, como dengue, febre amarela, zika vírus, entre outros.

Isso ocorre porque a tecnologia permite que as operadoras trabalhem com as informações do beneficiário. Os sistemas de gestão propiciam o monitoramento remoto e uma avaliação fiel da vida dos beneficiários, seus hábitos e costumes, remédios de que fazem uso, médicos pelos quais passaram nos últimos anos e quais exames foram solicitados.

Exemplo é o caso de um hipertenso, que precisará de monitor de pressão arterial que mande informações constantes à organização, para prever e evitar uma crise ou tomar outra medida corretiva. O que acontece é que, com o investimento na prevenção por meio do dispositivo médico, a operadora evita a internação ou procedimentos cirúrgicos, que teriam custo muito maior.

 

Passo a passo

O primeiro passo para a transformação digital da operadora de Saúde é priorizar o histórico de cada beneficiário do convênio e digitalizar os dados, a fim de que estejam disponíveis de forma prática, ágil e organizada.

Em seguida, é necessário deixar de lado os velhos hábitos e apostar em equipe multifuncional, regida sob regras claras e com talentos digitais. É possível estabelecer novos líderes na organização e manter os talentos digitais existentes. Depois, é hora de criar as metas quantitativas para cada equipe e realocar os investimentos. É preciso apostar em tecnologia da informação (TI) e habilitar digitalmente toda a infraestrutura.

eBook gratuito - A importância da inteligência empresarial para operadoras de sucesso. Clique aqui e baixe o seu!

 

Sem papel

A próxima fase da transformação digital nas operadoras de Saúde é abolir de vez o uso de vias, fichas e guias em papel e se tornar paperless. Para tanto, é preciso ir além da informatização e promover uma mudança de mentalidade e cultura na organização, que precisa partir da liderança e sensibilizar todos os funcionários. Isso porque processos devem ser alterados e é imprescindível que a equipe saiba de sua responsabilidade como provedora das informações que vão abastecer os sistemas digitais.

É necessário ainda investir em softwares que captem as informações dos beneficiários e as exibam de maneira inteligente e útil para a compreensão de um cenário ou identificação de tendência. Outra ferramenta que pode ajudar é um sistema de autorização eletrônica com controle biométrico ou facial a ser disponibilizado à rede credenciada, evitando-se assim a necessidade de impressão de guias e coleta de assinaturas.

Tornar uma operadora de Saúde sem papel inclui alterar também como ela se comunica com seus parceiros. É preciso haver integração entre os sistemas utilizados pela operadora e sua rede, como fornecedores, hospitais, laboratórios e centros de medicina diagnóstica. Só assim será possível migrar de vez do papel e da caneta para o digital.

Notícias MV Blog

;