Como o técnico deve se preparar para as novas tecnologias em radiologia?

A radiologia atravessa hoje seu mais importante processo de transformação desde sua descoberta pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen, em 1895.

Como o técnico deve se preparar para as novas tecnologias em radiologia?

De lá para cá surgiram diversos equipamentos de representação analógica e inúmeras técnicas de avaliação e geração de laudos que simplesmente revolucionaram o mercado da saúde.

Ao contrário da velocidade desse processo inicial, considerada lenta, a evolução dos últimos anos bateu recordes. Aí surgiram a representação tridimensional digitalizada, a computação em nuvem e o cruzamento de dados por meio de soluções em Big Data Analytics, por exemplo, que abriram os olhos dos profissionais de radiologia e possibilitaram a realização de diagnósticos precoces, assertivos e mais ágeis. Fato é que a tecnologia em radiologia está reconfigurando a forma de pensar da medicina diagnóstica.

Em meio a essa transição da área, cabe ao técnico em radiologia se aprofundar nos conhecimentos a respeito das novas ferramentas em diagnóstico por imagem, redesenhando a forma de usar a medicina diagnóstica no processo curativo. Mas como se preparar para as inovações que surgem nesse segmento? Pois você poderá responder a essa pergunta após ler nosso post de hoje. Então acompanhe:

 

As soluções de saúde digital

Na era da informação e de uma economia cada vez mais global, as novas descobertas tecnológicas se sobrepõem em uma velocidade sem precedentes na história. Nesse cenário, os desafios e as exigências que o mercado apresenta aos profissionais de radiologia e às instituições de saúde envolvem adquirir flexibilidade e capacidade para absorver com rapidez as inovações do setor. Assim, quem não conseguir trazer para sua realidade as mudanças na forma de se fazer medicina diagnóstica, será certamente engolido pelo mercado.

Pensando nisso, o técnico em radiologia deve investir no constante aprendizado para o manejo das novas tecnologias (principalmente PACS e RIS), considerando a evolução permanente dos processos na medicina diagnóstica. Nesse contexto, a aquisição de expertise na radiologia digital é fundamental, já que a substituição do filme radiográfico pela representação computadorizada permite a facilitação do fluxo de trabalho do profissional em diversas vertentes, como:

  • Possibilidade de ajustes (contrastes) ou ampliação de imagens (PACS);
  • Armazenamento das imagens em nuvem, permitindo sua visualização por meio de qualquer dispositivo que tenha acesso à internet;
  • Compartilhamento das imagens digitalizadas entre outros profissionais (mesmo que estejam fora da instituição), facilitando o processo de tomada de decisão;
  • Redução significativa da dose de exposição dos pacientes à radiação;
  • Organização automática das filas de trabalho;
  • Redução dos custos no setor de radiologia com a eliminação de filmes radiográficos;
  • Redução dos danos socioambientais provocados pelo uso do filme e de reveladores químicos;
  • Possibilidade iminente de atendimento remoto (telemedicina), com possível alteração na regulamentação do tema;
  • Redução do tempo de espera para a emissão de laudos e a realização de diagnósticos.

Diante de todas essas facilidades, é praticamente retrocesso abdicar do acesso a soluções tecnológicas em medicina diagnóstica. É o caso do combo PACS e RIS, que devem, de preferência, estar integrados para fins de celeridade no workflow do técnico em radiologia.

 

Os desdobramentos logísticos

Observe que não se trata somente de trazer as novas tecnologias em radiologia para dentro dos setores de diagnóstico por imagem e das salas de raio-x. As mudanças nos processos internos implicam, por consequência, em um redimensionamento completo da forma como os dados são trabalhados na instituição. Na prática, o armazenamento digital facilita a busca e a localização das imagens de pacientes.

A possibilidade de elaborar laudos por reconhecimento de voz e a organização automática na distribuição de equipamentos e salas ociosas (mais um dos benefícios dos sistemas de gestão, geração de laudos, armazenamento e compartilhamento de imagens) provocam uma nova maneira de lidar com a radiologia. Essa nova dinâmica também deve ser transmitida a toda a equipe do setor radiológico.

 

As novas tecnologias

A mamografia 3D é uma realidade que ajuda a exemplificar como a área vem mudando rapidamente nos últimos tempos. Já aprovado pelos órgãos de controle nacionais, o equipamento tridimensional consegue detectar um número maior de tumores na mama e reduzir os erros de diagnósticos (quando comparado ao exame tradicional).

Segundo um estudo clínico publicado pelo Journal of the American Medical Association, a técnica 3D aumenta em 29% a detecção de cânceres mamários. O mesmo estudo mostra que, considerando apenas os tumores mais agressivos, a diferença chega a incríveis 41%. Por fim, a nova tecnologia reduz em média 15% da taxa de diagnósticos equivocados. Diante desses indicadores, é mais que fundamental que o técnico em radiologia se atualize, buscando cursos de capacitação na área.

Dentro desse contexto, o PET-CT também pode ser usado para mostrar a necessidade de renovação do setor. A tomografia por emissão de pósitrons (chamada de PET) é uma modalidade de diagnóstico por imagem que possibilita o mapeamento de distintas substâncias químicas no organismo. Aparelhos de última geração apresentam uma Tomografia Computadorizada (TC) e integrada ao PET scan, formando o híbrido PET-CT. Aí se tem congregadas ambas as modalidades de imagens em um só exame. Dessa forma, é possível captar o metabolismo celular por meio do PET scan e investigar a anatomia com a TC.

A grande vantagem da conjugação dessas tecnologias se vê pela mensuração do metabolismo das lesões pelo PET scan, identificando indícios de modificações funcionais antes mesmo que a anatomia seja afetada e detectada pela tomografia ou pela ressonância. Isso facilita a busca por tumores ainda em fases iniciais, permitindo o tratamento com maior eficácia e maior chance de cura. Por mais que esses novos recursos não sejam estudados há muito tempo no Brasil, hoje em dia o SUS já incorporou a tecnologia no diagnóstico oncológico. Mais um sinal de que é preciso se atualizar constantemente e buscar um conhecimento aprofundado sobre essas novas soluções.

Desenvolver um trabalho de excelência na área de radiologia passa diretamente pelo ímpeto de acompanhar (por meio de treinamento, muita leitura especializada e cursos de capacitação) a constante evolução dos processos de medicina diagnóstica. Então o que ainda está esperando para começar?

Para continuar aprofundando seus conhecimentos na área de tecnologia radiológica, aproveite para ler também as principais aplicações da radiologia digital no mercado!

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