A adaptação dos serviços de saúde para o novo consumidor
Descubra como os serviços de saúde estão se adaptando às necessidades dos novos consumidores para oferecer um atendimento ágil e personalizado.
A adaptação dos serviços de saúde às novas características dos consumidores é essencial para a competitividade das instituições. Pacientes atuais estão mais informados e exigem um atendimento que atenda suas necessidades emocionais, além de oferecer tratamentos eficazes.
Para isso, é necessário integrar inovações tecnológicas, como telemedicina e prontuários eletrônicos, mantendo, ao mesmo tempo, o compromisso com a humanização.
Este artigo aborda as características do novo consumidor de saúde, a importância da digitalização e como a humanização e a transparência no atendimento podem fortalecer a relação entre pacientes e profissionais, proporcionando experiências mais acolhedoras.
Quem é o novo consumidor de serviços de saúde?
O novo consumidor de serviços de saúde é um paciente informado, que busca um atendimento que não apenas trate suas doenças, mas que também considere suas necessidades emocionais e psicológicas. Esse consumidor está cada vez mais conectado, utilizando tecnologias digitais para acessar informações sobre sua saúde e para se comunicar com profissionais de saúde, o que o torna mais ativo e participativo em suas decisões de tratamento.
O novo perfil de consumidor valoriza a personalização e a conveniência nos serviços de saúde, buscando experiências adaptadas às suas necessidades individuais. Segundo a revista Exame, no Brasil, 79% dos consumidores também esperam que empresas e marcas se posicionem sobre temas relevantes em áreas como sociedade, cultura, meio ambiente e política.
Além disso, a agilidade no atendimento, a transparência nas informações e a qualidade da interação humana são fatores essenciais que influenciam suas escolhas. Eles buscam instituições que ofereçam um atendimento humanizado, onde sejam respeitados como indivíduos e não apenas como números ou diagnósticos.
A digitalização dos serviços de saúde: o impacto da tecnologia
Newton Nunes Filho, presidente do Unimed Teresina, em entrevista para o MVCast, diz que a tecnologia tem o potencial de transformar o setor, isto é, a tecnologia permite um acesso mais ágil a informações médicas, facilita a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes, e possibilita o acompanhamento remoto, como na telemedicina. Isso não apenas melhora a gestão de cuidados, mas também atende à crescente demanda dos pacientes por serviços personalizados e convenientes.
Para se preparar para o futuro, muitas instituições de saúde estão investindo em inovações tecnológicas que integram diferentes sistemas e melhoram a comunicação entre equipes. O uso de prontuários eletrônicos, por exemplo, permite um compartilhamento mais eficiente de informações, resultando em um atendimento mais coordenado e eficaz.
A capacitação dos profissionais de saúde também é uma prioridade, com treinamentos focados no uso dessas novas tecnologias e na importância da humanização no atendimento.
As instituições estão cientes de que a tecnologia deve ser utilizada não apenas para melhorar a eficiência operacional, mas também para enriquecer a experiência do paciente, promovendo um cuidado que considere as suas necessidades físicas e emocionais.
Dessa forma, a digitalização não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para as instituições que desejam se manter competitivas e atender o novo perfil de consumidor de saúde, que busca agilidade, conveniência e um atendimento que valorize a sua individualidade.
Inovações tecnológicas que estão moldando a nova era da saúde
Inovações como a inteligência artificial (IA), o aprendizado de máquina e a Internet das Coisas (IoT) estão transformando a área da saúde. A IA é aplicada na análise de grandes volumes de dados para identificar padrões que auxiliam no diagnóstico precoce e em tratamentos personalizados.
Enquanto isso, a IoT possibilita o monitoramento remoto de pacientes, com dispositivos que registram dados de saúde em tempo real, como batimentos cardíacos e níveis de glicose, permitindo respostas mais rápidas e precisas.
Além dessas tecnologias, a telemedicina e os prontuários eletrônicos também desempenham um papel central, como descrito em detalhes abaixo.
Telemedicina: a resposta para o consumidor conectado
A telemedicina permite que pacientes consultem médicos e especialistas sem precisar se deslocar até uma clínica. Ela responde à demanda por conveniência e agilidade dos consumidores, que estão cada vez mais conectados e familiarizados com o uso da tecnologia.
Durante a pandemia, a telemedicina foi essencial para manter o atendimento contínuo, e agora ela continua a ser uma ferramenta poderosa para dar suporte a pacientes em áreas remotas e facilitar o acesso a especialistas.
Além disso, o uso de videoconferências, chats e aplicativos móveis torna o atendimento médico mais acessível e reduz o tempo de espera, melhorando a jornada do paciente e permitindo que os profissionais de saúde cheguem a um público maior.
Prontuários eletrônicos e o futuro do atendimento integrado
Os prontuários eletrônicos permitem que médicos e outros profissionais de saúde compartilhem informações sobre os pacientes de forma rápida e segura. Esses prontuários contêm o histórico completo do paciente, incluindo diagnósticos, tratamentos anteriores, medicações e alergias, facilitando um atendimento mais eficaz e integrado.
Além disso, os prontuários eletrônicos ajudam a reduzir erros, pois as informações são armazenadas de forma centralizada e podem ser atualizadas em tempo real.
Esses prontuários também facilitam a transição entre diferentes níveis de atendimento, como consultas, internações e tratamentos ambulatoriais, garantindo que todos os profissionais envolvidos tenham acesso às informações mais atualizadas e relevantes sobre o paciente.
O papel da humanização e transparência no atendimento ao novo perfil de pacientes
A humanização e a transparência são importantes para um atendimento que cumpra as expectativas dos pacientes modernos, que buscam mais do que um simples diagnóstico. A humanização reforça a empatia no atendimento, promovendo um ambiente onde o paciente se sente valorizado e compreendido em suas necessidades emocionais e preferências pessoais.
Isso fortalece o vínculo e a confiança entre paciente e profissional, criando um cuidado integral que vai além do tratamento. Como destacado por Lashley e Morrison, “A hospitalidade transforma: estranhos em conhecidos, inimigos em amigos, amigos em melhores amigos, forasteiros em pessoas íntimas, não parentes em parentes.” (2003, p. 26), evidenciando o impacto transformador desse acolhimento.
A transparência, por sua vez, traz clareza sobre diagnósticos e tratamentos, ajudando o paciente a entender cada etapa do cuidado e a tomar decisões informadas. Ao criar um canal de comunicação honesto e acessível, os profissionais de saúde conseguem fortalecer a sensação de segurança e autonomia do paciente, permitindo que ele se sinta envolvido no processo de sua saúde.
Combinadas, a humanização e a transparência contribuem para um modelo de atendimento mais ético e acolhedor, que responde às necessidades emocionais e informacionais do novo perfil de pacientes.
Desafios e oportunidades na adaptação dos serviços de saúde
A adaptação dos serviços de saúde às demandas dos novos consumidores exige uma reestruturação em diversas dimensões, como a tecnológica, cultural e operacional. Para atender a um público cada vez mais informado e conectado, os serviços de saúde devem estar alinhados às expectativas de pacientes.
Neste contexto, há oportunidades para integrar tecnologias como telemedicina, prontuários eletrônicos e dispositivos de monitoramento remoto, as quais não apenas ampliam o acesso, mas também elevam a qualidade da experiência do paciente.
Entretanto, essa transformação revisita o desafio da gestão em serviços de saúde, que precisa garantir a integração eficaz dessas inovações sem sacrificar a qualidade do atendimento.
É fundamental que as instituições de saúde cultivem uma cultura organizacional que priorize a transparência e a empatia, assegurando que o atendimento humanizado permaneça como um pilar central em suas estratégias de adaptação e crescimento. Ao fazer isso, elas não apenas atenderão às expectativas dos pacientes, mas também proporcionarão uma experiência mais acolhedora e eficaz.
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