Com a popularização dos serviços de telessaúde, a telerradiologia se atualiza para oferecer mais segura ao radiologista com recursos que vão de certificação digital a videochamadas consultivas.

Um em cada cinco usuários de internet com mais de 16 anos utilizou o serviço de telessaúde nos últimos meses, entre eles a telerradiologia. O dado é de um recente painel publicado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic) e destaca o quanto esse tipo de tecnologia tem se popularizado a partir da regulamentação emergencial da telemedicina durante a crise sanitária que ainda vivemos. Por isso, ferramentas e software para radiologia que entregam mais assertividade aos diagnósticos a distância são primordiais para garantir a expansão desse tipo de serviço, oferecendo mais segurança ao paciente e ao profissional de Saúde.   

“Para que o médico radiologista trabalhe com confiança remotamente, duas ferramentas são igualmente importantes: a que facilita a emissão do laudo diagnóstico e a ferramenta de visualização das imagens, que hoje em dia já permite até a realização de videochamadas para ampliar a discussão de casos ou facilitar o aprendizado de novos profissionais”, resume Marcelo Domingues, consultor técnico da MV.   

Os novos software para radiologia estão hoje disponíveis em celulares e tablets, além de computadores de qualquer marca, e rodam em qualquer navegador. Tudo para democratizar o acesso de profissionais de saúde a um modelo remoto e seguro de atendimento e deixar o diagnóstico de imagem muito mais rápido.   

“Além disso, tecnologias como a inteligência artificial na telerradiologia já começam a ser usadas para garantir resultados mais assertivos, pois conseguem selecionar exames com anomalias daqueles com achados esperados e, assim, facilitam uma primeira triagem para o médico radiologista esmiuçar”, explica o consultor, lembrando que esse serviço é atrelado ao servidor para monitorar o volume de exames realizados.

Conheça agora quais são as principais funcionalidades que um software para radiologia precisa ter para garantir segurança e qualidade aos diagnósticos remotos.

Ferramenta para a gestão de laudos remotos 

Com ela, o médico radiologista pode trabalhar em qualquer lugar do mundo que tenha acesso à internet.

“Basta que ele digite e acesse um endereço específico em um computador com qualquer navegador ou sistema operacional para ter acesso ao software para radiologia com todos os recursos necessários para fazer o diagnóstico”, resume Domingues.

Entre eles, o acesso a textos-padrão, que aceleram a elaboração de laudos básicos, e o histórico de laudos antigos do paciente, para comparar achados e ter um parâmetro para a evolução do quadro. E como esse tipo de ferramenta não tem limitação de quantidade de usuário, também é possível revisar a distância laudos realizados por outros profissionais, como um médico residente que realizou o exame in loco, e o documento é liberado com as assinaturas dos dois profissionais, garantindo uma maior segurança ao paciente.

Funcionalidades para aumentar a segurança e confiabilidade das informações 

Os laudos emitidos pelo software de radiologia são criptografados de ponta a ponta e oferecem a segurança da certificação digital. E sempre que emitir um novo laudo, os médicos radiologistas que já possuem suas assinaturas eletrônicas, tem ainda outra vantagem, conforme explica Marcelo Domingues:

“Ao assinar o laudo, é criado no lugar da assinatura uma hash onde o paciente ou o solicitante podem checar os dados profissionais daquele profissional de Saúde. É como se fosse um carimbo digital.”

Visualizador de imagem avançado

Esse tipo de ferramenta permite fazer MIP, MPR e até mesmo reconstituição 3D, quando for necessária.

“O MIP é importante para modificar a densidade da imagem e facilitar o diagnóstico visual em profundidade, já o MPR possibilita uma boa visualização de diferentes planos da imagem, como frontal, lateral e longitudinal”, explica Domingues.

Realização de videochamada dentro do software de radiologia

Uma chamada de vídeo feita na ferramenta, permite que profissionais em diferentes localidades vejam e discutam um mesmo diagnóstico em segurança.

“É possível criar uma sala de aprendizado com até 25 profissionais diferentes e todos terão a possibilidade de manipular as imagens, se assim desejarem, mas sem terem acesso aos dados do paciente. Outra funcionalidade é o médico radiologista e o solicitante estarem juntos, discutindo o caso, por vídeo”, sugere Domingues.

Para tanto, basta o compartilhamento de um link de acesso, como esses a que nos acostumamos a receber no último ano de reuniões online. Essa tecnologia se assemelha aos serviços de streaming, portanto, quando a teleinterconsulta é finalizada as imagens também desaparecem. Por isso, pode também ser indicada para instituições de infraestrutura reduzida, pois permite transmissão em tempo real e acompanhamento coletivo de outros médicos para que ajudem nos resultados diagnósticos mais desafiadores.

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Portal de resultados funcional

A imagem dos exames fica disponível digitalmente, bem como o laudo que pode ser facilmente compartilhado pelo paciente por e-mail em um link que tem um tempo pré-determinado de expiração.

“Já o médico solicitante, pode acessar esse mesmo portal com a opção de manipular a imagem, usando ferramentas como: zoom, janelando, medidas, entre outras, acessando o histórico clínico do paciente e o resultado de exames previamente realizados”, explica Domingues.

"Com acesso ao histórico clínico do paciente e ao resultado de exames previamente realizados”, explica Domingues.