Operadora de Saúde: o que fazer para manter a nota IDSS alta

Criado pela ANS, o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar amplia a transparências sobre a operadora para os contratantes de planos de Saúde

Operadora de Saúde: o que fazer para manter a nota IDSS alta

O Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) foi criado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com o principal objetivo de regular a qualidade das operadoras de saúde do País, incentivando o constante aperfeiçoamento das organizações. Após recentes mudanças, um dos principais fatores que garantem a nota alta no índice é a acreditação da operadora. Para manter o bom desempenho, é necessário ainda cumprir uma série de requisitos, entre eles o cuidado à saúde, a gestão das receitas e despesas e a estrutura oferecida aos beneficiários.

O IDSS é uma ferramenta quantificadora e comparativa que dá aos contratantes das operadoras de planos de saúde maior poder de escolha. É divulgada retroativamente pela agência em seu site, considerando o desempenho de cada entidade no ano anterior ao avaliado. Com isso, dá papel de destaque e empodera o cidadão que busca o serviço de Saúde, pois ele tem acesso facilitado a informações para determinar qual o melhor plano a ser contratado.

O cálculo da nota passou por reformulação em 2015, por meio da Resolução Normativa nº 386, ganhando dimensões mais alinhadas aos objetivos estratégicos da ANS. Uma delas, destacada pelo gerente executivo da consultoria IAG Saúde, Breno Duarte, é a participação no Programa de Acreditação de Operadoras e no Programa de Operadoras Apoiadoras.

“Para manter a nota do IDSS alta é necessário ser acreditado, ou seja, cumprir requisitos como administração, estrutura e operação dos serviços de Saúde oferecidos, desempenho da rede de profissionais e de estabelecimentos de Saúde conveniados e nível de satisfação dos beneficiários, entre outros”, destaca o especialista.

 

Quatro dimensões

Com a remodelagem realizada pela ANS, o índice manteve as quatro dimensões de avaliação originais, mas o peso de cada uma delas valeu 25% da composição da nota. Veja abaixo quais são as dimensões e o que elas avaliam: 

  • Qualidade em atenção à saúde: Avaliação do conjunto de ações que contribuem para o atendimento das necessidades dos beneficiários, com ênfase em promoção, prevenção e assistência à saúde prestada. 
  • Garantia de acesso: Condições relacionadas à rede assistencial, que possibilitam a garantia de acesso, abrangendo a oferta de rede de prestadores. 
  • Sustentabilidade no mercado: Monitoramento da sustentabilidade da operadora, considerando seu equilíbrio econômico-financeiro, passando pela satisfação do beneficiário e compromissos com prestadores. 
  • Gestão de processos e regulação: Entre outros indicadores, essa dimensão afere o cumprimento das obrigações técnicas e cadastrais das operadoras junto à ANS.

As notas entre 0,6 e 1 são positivas e indicam um bom resultado alcançado pela operadora de Saúde avaliada. As notas entre 0,4 e 0,59 são consideradas intermediárias, com pontos ainda a melhorar. Entre 0,2 e 0,39, as notas são consideradas baixas. Já entre 0 e 0,19, encontram-se as operadoras com as piores notas.

 

Diferencial tecnológico

Para manter a qualidade em cada uma das quatro dimensões exigidas pela ANS, as inovações tecnológicas são vistas como aliadas, especialmente na gestão das operadoras de Saúde.

“A tecnologia precisa levar em conta não apenas aspectos contratuais, mas também auxiliar o gestor a evitar erros operacionais que ponham em riscos os indicadores utilizados no cálculo do IDSS. Por meio da informatização, é possível enviar conjuntos de dados sistematizados que são levados em consideração na avaliação das quatro dimensões que compõem o cálculo”, explica o consultor da IAG Saúde.

Oferecer serviços da experiência digital também amplia a satisfação dos usuários, porque facilitam, agilizam e otimizam o atendimento. Ferramentas como o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) garantem segurança das informações, o que é considerado na hora de compor a nota, conforme Duarte.

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A tecnologia ainda auxilia na promoção de programas de medicinas preventiva e preditiva, com foco na qualidade de vida dos beneficiários. Com os dados dos usuários disponíveis em sistemas informatizados, é mais fácil controlar pacientes com doenças crônicas ou ainda promover campanhas de prevenção de patologias para grupos com maior risco de apresentá-las.

“Esse tipo de ferramenta auxilia, inclusive, na redução de custos da operadora, que cuida do beneficiário antes mesmo que ele apresente a doença ou seus agravos, o que requer mais gastos no tratamento”, avalia Duarte.

Portanto, manter a nota IDSS alta e a consequente qualidade da operadora depende da realização de mudanças estruturais e conceituais tanto no atendimento quanto na gestão, mas garante um diferencial em meio ao competitivo mercado nacional da Saúde Suplementar.

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