O que gestores de Saúde devem atentar num projeto de TI

Gestores devem manter o foco em pessoas, fluxos, práticas e mindset ágil

O que gestores de Saúde devem atentar num projeto de TI

Os gestores de Saúde, além de todas as suas incumbências e todos os desafios de uma administração de um entorno com missão crítica e alta complexidade com foco em qualidade no atendimento assistencial, necessitam realizar a escolha de soluções de tecnologia da informação que serão parte do arcabouço de suas operações.

Como a área de TI não tem mais somente o papel de suporte às demais áreas das instituições de Saúde, entregando valor e assumir uma responsabilidade totalmente transversal nas organizações, cada projeto de implantação torna-se único, dada as distintas realidades institucionais no que tange a cultura, contexto, premissas e restrições.

Para contribuir positivamente, é recomendável que o gestor tenha como cerne as seguintes visões que serão a sustentação dos projetos de implantação de TI: pessoas, fluxos, práticas e um mindset ágil alinhado às necessidades para trabalhar disciplinadamente para permitir a efetividade dos objetivos.

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1. Pessoas

Os papéis e as responsabilidades do time envolvido em um projeto de TI, precisam ser tratados claramente e transparente para que as pessoas estejam devidamente informadas quanto à sua importância no processo de implantação, seja desempenhando papéis primários ou secundários. Além disso, é importante que todos os stakeholders tenham sido devidamente mapeados e comunicados conforme o nível de interesse e influência.

O time envolvido no projeto terá como objetivo entender e atender as necessidades desses stakeholders, absorver os conhecimentos oriundos de uma implantação e conseguir reter esses conhecimentos para, posteriormente, disseminá-los na instituição. Fazendo o papel de multiplicadores do aprendizado obtido durante a implantação, esse time será essencial tanto na concepção quanto no suporte ao gestor sobre o projeto em questão.

 

2. Fluxos

São importantes para uma visão dos ciclos de vida dos processos e de como eles estão conectados entre os distintos setores da instituição de Saúde. O entendimento de que soluções tecnológicas integradas são imprescindíveis, porém deve estar intrínseca à corresponsabilidade de cada área da instituição para o sucesso do projeto de TI.

Aportando quanto o engajamento e a colaboração entre todos podem trazer melhorias na produtividade, o gestor precisa incentivar as ideias entre os times, desde as áreas assistenciais ao backoffice. Fluxos bem definidos revisitam como os processos são organizados e isso promove a oportunidade de reflexão para melhoria contínua sempre que revisados por ações colaborativas proporcionadas em fóruns multidisciplinares.

 

3. Práticas

Contribuem para que as estratégias e as técnicas utilizadas possam ser comprovadas mediante validações de estudos de qualidade de modo que possam contribuir para a melhoria interna das áreas. Além disso, a prática sobre o que foi aportado pelos fluxos contribui para comprovar se o que foi definido é funcional e traz resultados e aprendizado ao time. O alinhamento tecnológico às práticas tem sido indispensável, principalmente, no atual momento em que vivemos, como:

 

São muitos os recursos que podem fazer diferença numa instituição de Saúde. O gestor precisa entender seu contexto, suas premissas e suas restrições para avaliar o que realmente importa e agrega valor. Essa estratégia pode ser gradual, com base em pequenas ações, mas manter o foco numa perspectiva maior, considerando a qualidade e a percepção de incremento interno e externo.

 

4. Mindset ágil

Tem origem nos fundamentos da agilidade e da filosofia lean para endereçar as realidades das empresas (pense rápido, aja rápido e corrija rápido) às instituições de Saúde. O mindset ágil funciona como um convite ao pensamento sistêmico para que áreas e pessoas atuem em ações rápidas, priorizando o atendimento humanizado aos pacientes. A tecnologia traz uma gama de opções, mas o diferencial é a forma de como entregá-las.

Inspirado nas quatro visões do Disciplined Agile, de Scott Ambler e Mark Lines, que ousaram acreditar que as instituições podem fazer coisas incríveis, esse artigo traz aos gestores um olhar para que em um projeto de TI, as escolhas possam ser feitas avaliando de forma pragmática o cenário e o contexto das instituições de Saúde.

Por Marilisa Antonovicz, formada em Ciência da Computação com especializações em gestão de TI e gestão de projetos, é gerente de Projetos na e possui certificações PMP®, DALSM, PRINCE2®️ e Managment 3.0, Scrum e Product Owner.

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