Medicina diagnóstica: gargalos impactam no fluxo de laudos

Falta de integração entre os diversos sistemas que operam em uma organização de Saúde dificulta o processo de elaboração do documento, o que pode ocasionar queda na produtividade do médico radiologista

Medicina diagnóstica: gargalos impactam no fluxo de laudos

Quando os pacientes chegam ao centro de medicina diagnóstica, carregam diversos sentimentos — alguns podem estar ali apenas para exames de rotina e outros aguardam a confirmação de um diagnóstico mais sério. A passagem deles pela organização não pode gerar ainda mais estresse, como problemas de deslocamento interno e tempo de espera elevado, que impactam no fluxo de laudos e acabam por prejudicar a imagem da instituição no mercado — sem falar de seus resultados financeiros.

Os gargalos começam na marcação dos exames e procedimentos. Um dos motivadores é a falta de integração da agenda ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), que dificulta o acesso do radiologista ao seu histórico. O PEP reúne procedimentos realizados, doenças pré-existentes, alergias, interações medicamentosas (que influenciam, por exemplo, o uso de contraste), entre outras informações relevantes para a elaboração do laudo, especialmente no caso de exames solicitados para acompanhamento da evolução de doenças. Sem comunicação, corre-se o risco de solicitações desnecessárias de exames — ampliando custos — e de diagnósticos superficiais, que não analisam o quadro geral de saúde do paciente.

A falta de informações também dificulta a elaboração do documento, tornando mais lento o fluxo de laudos e, consequentemente, reduzindo a produtividade e rentabilidade da organização.

“A rastreabilidade dos pacientes em um serviço de Saúde envolve principalmente o conceito de workflow (fluxo de trabalho). A melhor forma de executá-lo é por meio de softwares que acompanhem as várias etapas do atendimento dos pacientes, desde seu primeiro contato com o serviço, no agendamento, incluindo a conexão com os dados históricos de seu prontuário eletrônico”, explica Rogério Caldana, gestor médico do centro diagnóstico do Fleury Medicina e Saúde.

 

Tecnologia e gestão

O Sistema de Informação em Radiologia (Radiology Information System — RIS) estabelece e acompanha o deslocamento dos pacientes no serviço diagnóstico e automatiza o fluxo de trabalho — desde o agendamento, atendimento e diagnóstico até a distribuição do resultado do exame. As informações ficam disponíveis em um ambiente acessível a todos os profissionais envolvidos no atendimento. Além disso, integrado a outros sistemas, pode incluir alertas personalizados para casos de alergias ou outros antecedentes que merecem atuação integrada da equipe.

Caldana avalia que o uso de sistemas de workflow e rastreabilidade liberam o médico radiologista para que ele se dedique integralmente a atividades mais estratégicas, como o atendimento direto aos pacientes, análise dos exames diagnósticos e assessoria aos médicos de outras especialidades.

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