Como a Internet das Coisas pode auxiliar operadoras de plano de saúde?
Imagine um corredor que, ao sair para se exercitar, coloca um relógio que monitora distância e batimentos cardíacos, mandando essas informações para um aplicativo em seu celular que realiza o acompanhamento da evolução do condicionamento do atleta
Imagine um corredor que, ao sair para se exercitar, coloca um relógio que monitora distância e batimentos cardíacos, mandando essas informações para um aplicativo em seu celular que realiza o acompanhamento da evolução do condicionamento do atleta. Acha que parece cena de filme de ficção científica? Nada disso! Tecnologias que permitem esse tipo de conectividade já são cada vez mais comuns no nosso cotidiano, transformando vidas para melhor.
A Internet das Coisas — ou Internet of Things (IoT), como é conhecida essa revolução — já pode ser vista nos mais diversos setores da sociedade, proporcionando inúmeros benefícios. De facilidades com as rotinas em casa, via geladeiras eficientes que informam e até já compram o que precisa ser reposto e lâmpadas de acendimento automático, à gestão de grandes processos produtivos, integrando máquinas e serviços e dinamizando a tomada de decisões, a Internet das Coisas passa até pela área da saúde, onde proporciona um alto nível de interatividade entre operadoras, profissionais e beneficiários, além de melhores atendimentos e maior eficiência.
Quer saber mais sobre a diferença que a Internet das Coisas pode fazer na sua operadora de plano de saúde? Acompanhe e aprenda mais sobre essa tendência que veio para ficar:
Aplicações da Internet das Coisas na saúde
Se o interesse por tecnologias que levam conforto para dentro de casa, como lâmpadas e fechaduras inteligentes com acionamento remoto, já é grande, imagine aproveitar esses benefícios para cuidar da saúde! E, sem dúvida, a saúde é um dos setores que mais tem a ganhar com a implantação da Internet das Coisas. Acompanhando a tendência, as tecnologias para essa área vêm evoluindo rapidamente, com potencial para melhorar não só a qualidade de vida dos beneficiários como para revolucionar os tratamentos médicos em geral.
Controle de medicamentos
Cada vez mais, a nanotecnologia e aparelhos com sensores sem fio surgem no setor como forma de automatizar os processos de maneira inteligente e facilitar a vida das pessoas. Alguns sistemas inclusive ajudam no acompanhamento de doentes crônicos, como hipertensos e diabéticos, que precisam tomar diversos remédios diariamente. Com eles é possível medir o consumo desses medicamentos controlados, avisando no momento em que os remédios estiverem acabando, ou, com a ajuda de um dispositivo móvel, ler suas bulas e receber uma notificação sobre dosagem apropriada e horário de aplicação.
Acompanhamento 24 horas
Avançando ainda mais, essas tecnologias permitirão a ingestão de cápsulas endoscópicas com microcâmeras integradas para a realização de exames. Assim, as imagens geradas poderão ser enviadas automaticamente para a instituição de saúde pela internet, sem a necessidade de deslocamento do beneficiário.
Monitoramento de casa
E as possibilidades com esses avanços não param por aí. Atualmente, equipamentos inteligentes de monitoramento remoto da saúde já são facilmente encontrados no mercado. É o caso, por exemplo, do relógio para medir os batimentos (que pode inclusive se transformar em uma camisa que, além de monitorar a frequência cardíaca, mede também a temperatura do corpo). Fora isso, chips e sensores que podem ser implantados debaixo da pele ou mesmo ingeridos conseguem verificar o nível de açúcar no sangue, o colesterol, a pressão e, ainda, acompanhar como determinado medicamento age no organismo.
Todas essas informações seriam salvas na nuvem, para criar uma espécie de prontuário eletrônico. Esse prontuário pode ser acompanhado pelos médicos por meio da internet, facilitando o atendimento pessoal caso seja necessário.
Manutenção da saúde
A aplicação da Internet das Coisas na saúde está reforçando o conceito de medicina preditiva para a área. Diferentemente da medicina preventiva, que prevê a realização de consultas periódicas para checar as condições de saúde dos pacientes, a medicina preditiva permite o monitoramento regular de suas condições, que seriam controladas por meio de dispositivos como os citados acima. Dessa forma, seria possível determinar quando exames e consultas devem ser realizados, economizando custos e gerando maior segurança e conforto aos beneficiários.
Os benefícios da Internet das Coisas para a área
As possibilidades de avanços que a IoT pode trazer para a saúde são incontáveis, todas trazendo conforto e benefícios para médicos, gestores da saúde e beneficiários. O potencial de alterar para melhor o cotidiano nos procedimentos relativos ao setor todo é grande, incluindo a eliminação, por meio do uso das tecnologias digitais, de processos custosos, trazendo uma economia significativa para a área.
Beneficiários
Com a implantação da Internet das Coisas na saúde, o atendimento dos beneficiários se torna cada vez mais interativo e individual, trazendo conforto a todos os envolvidos no processo, desde a atendente do call center ao médico responsável. Se a saúde de uma pessoa idosa, por exemplo, pode ser monitorada por meio de dispositivos instalados na sua casa, que acionarão o médico responsável caso algum parâmetro saia do normal, encurta-se o caminho até o devido atendimento, impedindo que o caso se agrave e que procedimentos e exames mais custosos precisem ser realizados.
Médicos e instituições
Do lado dos médicos, o contato com os beneficiários é mais estreito, garantindo maior objetividade e praticidade aos atendimentos. Nesse contexto, a evolução de um tratamento depois da prescrição médica, por exemplo, poderia ser acompanhada de longe, evitando o retorno do beneficiário ao centro de diagnóstico ou hospital e, assim, garantindo que esse tempo ganho possa ser direcionado a casos que realmente precisem de atenção presencial.
Para as instituições de saúde, a Internet das Coisas vem para solucionar problemas como a padronização dos medicamentos, a dificuldade enfrentada devido à infinidade de remédios disponíveis no mercado e em variadas concentrações. Com a ajuda da tecnologia, é possível otimizar o uso desses medicamentos, ajudando na seleção do mais adequado e até evitando possíveis desperdícios que teriam grande impacto no orçamento da instituição (visto que a compra de remédios é responsável por grande parcela dos seus custos).
Operadoras
No caso das operadoras, fica mais fácil pensar nos benefícios quando imaginamos um atendimento remoto de qualidade, que realmente funcione. Evita-se, assim, o deslocamento tanto de profissionais como de beneficiários, permitindo a economia de espaço e recursos e melhorando a produtividade da instituição. Além disso, pode-se medir os ganhos na qualidade dos atendimentos por meio da satisfação dos beneficiários, que se sentem mais confortáveis e seguros com o serviço. Com tudo isso, é possível conceber uma redução considerável de custos nos procedimentos — tanto nos exames como nos atendimentos —, aumentar o acesso a tratamentos e diagnósticos, além de difundir a medicina preventiva, favorecendo médicos e beneficiários.
O gerenciamento do atendimento em centros de diagnóstico e hospitais também pode ser beneficiado por meio de um sistema que monitore o posicionamento de médicos e enfermeiros, roteando chamadas conforme a proximidade do local de atendimento e a respectiva disponibilidade, otimizando assim o uso dos recursos humanos das instituições.
A recente revolução trazida pela Internet das Coisas vem influenciando a gestão da saúde no país e pode revolucionar métodos, processos e, principalmente, as relações interpessoais (internas e externas) da sua operadora. Beneficiários satisfeitos trazem mais atendimentos à rede e médicos também satisfeitos produzem um atendimento melhor. A dinamização de rotinas e a redução de custos que podem ser vistas ao longo de pouco tempo de aplicação dessas tecnologias também pesam a favor e, com toda a integração de serviços, ajudam a compor um cenário de muita importância e utilidade para a IoT na saúde.
