Gestão do ciclo de receita em hospitais: por onde começar?
Descubra o caminho para uma gestão eficiente do ciclo de receita em hospitais. Por onde começar? Todas as respostas essenciais aqui.
O ciclo de receita em um hospital envolve diversas etapas e é essencial para garantir o equilíbrio financeiro em uma instituição de saúde.
Para isso, é preciso que haja uma boa gestão do ciclo para trazer aumento de receita, realizar a cobrança correta de serviços prestados e evitar perdas financeiras.
Veja neste artigo todas as etapas do ciclo de receita de uma instituição de saúde, informações sobre regulamentos em saúde e meios para otimizar o faturamento em seu hospital.
Etapas do ciclo de receita
O ciclo de receitas de um hospital ou consultório é composto por diversas etapas, que vão desde o agendamento até o pós-atendimento, como veremos a seguir.
Agendamento de consultas
Há o agendamento do paciente e cadastro posterior em banco de dados. Para que esta etapa funcione bem, é necessário que os dados sejam registrados com acurácia para evitar erros desnecessários como registros duplicados e erros de digitação.
Pré-registro e verificação de seguro
Após a coleta de informações básicas e de seguro do paciente, a equipe de faturamento verifica a elegibilidade do seguro para determinar a cobertura e os benefícios.
Atendimento e serviços médicos
Um paciente vai ao hospital para uma consulta marcada. Ao entrar no consultório, pode seguir para outros fluxos, como a realização de um exame ou uma medicação e pedido de retorno até a alta médica.
No atendimento, é possível identificar quatro etapas do ciclo que gere receita para o hospital, a saber:
- Admissão do paciente;
- Atendimento médico;
- Procedimentos;
- Alta.
Documentação de serviços prestados
As etapas do ciclo descritas no item anterior, como tudo em uma instituição, precisam ser documentadas e tal junção é denominada como prontuário médico. Com base nele, é iniciado um novo processo de responsabilidade das áreas técnico-administrativas.
Codificação de procedimentos
Os serviços prestados aos pacientes são codificados com base em um sistema de classificação padronizado, como o Código Internacional de Doenças (CID), para garantir que os serviços sejam identificados corretamente para fins de faturamento.
Faturamento
Com as informações anteriores validadas, o faturamento hospitalar é responsável por gerar a conta, que é padronizada de acordo com a operadora.
A conta pode variar conforme as normativas dos diferentes convênios e fatores como tipos de contrato.
Cobrança e reivindicações
Há o monitoramento de contas considerando sua data de envio e data de vencimento, a fim de garantir o recebimento na data estipulada. Para tanto, departamentos realizam cobranças para evitar atrasos.
Gerenciamento de contas a receber
Nesta etapa, há o acompanhamento das contas que a empresa espera receber dos clientes. Aqui está incluído o registro de faturas emitidas, acompanhamento do pagamento de contas e geração de relatórios, como falaremos a seguir.
Relatórios e análises financeiras
Aqui são realizadas as homologações dos processos realizados nas etapas anteriores, quando a equipe de faturamento hospitalar puxa a documentação detalhada e com as devidas autorizações da operadora de saúde.
Há uma auditoria interna do hospital em que as contas são analisadas e há a conferência do faturamento prévio. Com as contas validadas, é possível ir realizar a auditoria externa, contratado pelas operadoras de saúde que fazem a conferência presencial de contas.
Ademais, o setor de recuperação de glosas se faz atuante, a fim de recuperar receitas perdidas (valores cobrados, mas não pagos), sendo permitida a consulta a tabelas de precificação, autorizações e prontuários.
Quais são as melhores práticas na coleta de dados e documentação?
A análise de dados, sem dúvida, é um passo essencial para identificar padrões e tendências que possam estar afetando a eficiência do processo do ciclo de receita.
Ademais, é preciso treinar todos os membros da equipe do ciclo de receita para que eles estejam atualizados a respeito das políticas e práticas de faturamento, o que ajuda a evitar erros e que as reivindicações sejam apresentadas corretamente.
Outra prática essencial é adotar soluções automatizadas que façam as etapas do ciclo de receita serem menos manuais.
Conheça o Ciclo de Receita da MV
Nós da MV desenvolvemos esta solução para clínicas e hospitais que desejam realizar a análise crítica de contas médicas abertas com a devida eficácia.
Oferecemos três soluções:
- Gestão da receita hospitalar automatizada.
- Auditoria automatizada pela captura digital da conta do paciente.
- Automação do processo de glosa das contas médicas.
Entre outras coisas, há a garantia de registros dos protocolos de forma automatizada e possibilidade de que contas sejam fechadas e validadas automaticamente com base nas críticas, auditoria das contas configuradas por operadora ou hospital e integração entre contas e o prontuário eletrônico do paciente.
Análise de códigos de procedimentos e faturamento
Para realizar análise de códigos e faturamento, é importante conhecer as tabelas referentes a ambos os procedimentos, como a tabela Simpro (que contém códigos e preços dos materiais e medicamentos de laboratórios parceiros, onde detalha os principais procedimentos realizados durante atendimentos hospitalares) e os tipos de receitas médicas e listas A, B e C que classificam os medicamentos por grau de controle.
Além disso, é necessário realizar uma análise cuidadosa para ter certeza que os códigos e faturamento estão atualizados, bem como manter-se atento às tabelas de códigos e listas de medicamentos controlados, para evitar erros e aumentar a rentabilidade do hospital.
Regras e regulamentos de faturamento na saúde
A Portaria nº 3.410, de 30 de dezembro de 2013, estabelece as diretrizes para a contratualização de hospitais no âmbito do SUS e em consonância com a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP).
Alguns deveres dos entes federativos contratantes contratantes são definir ações e serviços a serem contratados de acordo com o perfil assistencial do hospital e financiar de forma tripartite as ações e serviços contratados conforme pactuado.
Além disso, a Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990, estabelece que o planejamento e o orçamento do SUS será ascendente, do nível local ao federal, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de saúde nos municípios, estados, Distrito Federal e União.
O inciso II prevê que é proibida a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em casos emergenciais.
Integre Sistemas de Saúde Eletrônica (EHR) a um software de gestão financeira
Sistemas de registro eletrônico de saúde (EHR) podem enviar informações do paciente em formato JSON para um sistema de faturamento eletrônico.
Por isso, integrar os sistemas a softwares de gestão financeira colaboram para melhorar o faturamento hospitalar, pois automatizam processos, reduzem erros humanos e agilizam a aquisição de receita.
Para melhor aproveitamento destes sistemas, é necessário entender quais métricas precisam ser analisadas para aumentar a receita hospitalar.
Como principais, citamos:
- Período de contas a receber;
- Desempenho do pagador;
- Dívidas ruins (de acordo com o CEO da DataPlus, Frank Trew, aquelas contas que o hospital deveria ter coletado, mas não o fez);
- Entre outras.
Conclusão
Neste artigo, você viu as etapas relacionadas ao ciclo de receita hospitalar, melhores práticas de coleta de dados, análise de procedimentos, regras de faturamento na saúde e a integração de sistemas.
Além disso, apresentamos a nossa solução, Ciclo de Receita, que automatiza diversos processos como a gestão de glosas, receitas e auditorias.
Para começar a usar a nossa solução e perceber a diferença de um ciclo de receitas adequado em seu hospital, conte com a MV e clique aqui para agendar uma conversa com os nossos especialistas.