Descubra os benefícios do diagnóstico à distância e aprenda a implementá-lo em sua clínica ou hospital para transformar a prestação de cuidados de saúde.

O diagnóstico a distância é componente da telemedicina e, como diz o nome, tem a intenção de emitir laudos remotamente, sem a necessidade de radiologistas presentes no local do exame. 

Os laudos e exames são assinados por um médico radiologista que trabalha remotamente, onde os documentos e arquivos para o diagnóstico são compartilhados e armazenados em nuvem para trazer mais segurança aos pacientes.

Este procedimento traz inúmeros benefícios para clínicas e hospitais, como a redução de custos e a ampliação do acesso à saúde.

A seguir, nós detalhamos as vantagens do diagnóstico à distância, seus desafios e tendências neste setor. 

 

Desafios para o diagnóstico a distância 

 

O diagnóstico a distância é regulamentado pela Resolução do Conselho Federal de Medicina n.º 2.107/2014, que orienta as empresas de telerradiologia e de diagnóstico por imagem. 

A regulamentação estipula que o paciente deve autorizar a transmissão de seus dados via internet por meio de um consentimento informado, livre e esclarecido. 

Ademais, os estabelecimentos de saúde devem ter estrutura tecnológica adequada e protocolos de segurança necessários para resguardar os dados dos pacientes.

Também é recomendado contratar fornecedores de referência na área, com sistemas em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e que tenham ferramentas como a autenticação de dois fatores e criptografia de ponta a ponta. 

Outro desafio é a resistência de parte das equipes hospitalares a praticarem o diagnóstico remoto e cabe aos gestores de hospitais treinarem funcionários a utilizarem ferramentas de telerradiologia. 

Aliás, a Resolução RDC n.º 330, de 20 de dezembro de 2019, estabelece que o serviço de radiologia diagnóstica deve implementar o Programa de Educação Permanente para equipes hospitalares.

Entre outros pontos, a Resolução estabelece regras quanto à implantação de estrutura organizacional que induza o desenvolvimento de cultura de segurança, de melhoria contínua da qualidade de estrutura, dos processos e dos resultados dos procedimentos radiológicos. 

 

Quais são as vantagens do diagnóstico remoto? 

Um deles é a possibilidade de fazer exames sem a necessidade de contar com médicos especialistas em tempo integral nas dependências do local.

Portanto, profissionais especializados, normalmente localizados nos grandes centros urbanos, podem emitir laudos para os centros de diagnóstico, hospitais e setores de diagnósticos por imagem em locais mais afastados. Sendo assim, proporcionando uma assistência à saúde de excelência a um custo menor. 

A seguir, citamos mais vantagens do diagnóstico remoto: 

 

Economia de custos na saúde

Para fazer diagnóstico a distância, não é necessário um corpo clínico próprio para laudar. Basta apenas ter uma central de especialistas que interpretem exames em clínicas e hospitais.

Além disso, a realização dos exames exige somente o armazenamento digital de dados, reduzindo custos caso os mesmos precisassem de infraestrutura física para serem guardados.

 

Agilidade no diagnóstico e produtividade na equipe médica

 

Além disso, é possível integrar todos os dados de exames no prontuário eletrônico e demais informações dos pacientes no sistema, o que facilita o acesso por parte dos médicos envolvidos no caso, auxiliando em mais rapidez ao tratamento e maior chance de cura. 

O diagnóstico a distância permite que médicos radiologistas atuem remotamente na análise e interpretação de exames médicos, contribuindo na emissão de laudos a distância e assessoria médica para realização de exames, com aumento de eficiência no processo de diagnóstico. 

 

Tecnologias de diagnóstico remoto: quais são elas? 

Como destacamos no início, a telerradiologia é componente da telemedicina. Com ela, pacientes podem ser monitorados remotamente, há troca de informações médicas e análise de resultados de diferentes exames. 

Além disso, a inteligência artificial é usada no diagnóstico a distância, envolvendo diversos componentes como chatbots, sistemas de triagem e algoritmos de diagnóstico. 

Em relação ao diagnóstico remoto, a IA também ajuda a descobrir doenças e identificar itens milimétricos que são difíceis de serem vistos a olho nu, como células cancerígenas.

Tais tecnologias dão agilidade ao processo de diagnóstico, pois os algoritmos identificam anomalias de exames e os médicos que emitem o laudo remotamente têm ciência de quais exames devem ser analisados primeiro em lista de espera. Assim, laudos para casos urgentes podem ser entregues em poucos minutos.

 

Tendências e inovações para o diagnóstico a distância

Além das tecnologias já citadas, podemos citar para o futuro dos diagnósticos a distância:

 

Dispositivos vestíveis e sensores

Dispositivos como smartwatches e sensores de saúde permitem a coleta contínua de dados biométricos, o que facilita o monitoramento remoto e a descoberta de possíveis problemas de saúde em pacientes.

 

Internet das Coisas (IoT)

Com monitores conectados à internet, dados podem ser enviados em tempo real a profissionais de saúde, facilitando o diagnóstico.

 

Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV)

Estas tecnologias têm sido usadas para treinamento de diagnósticos, o que permite aos profissionais de saúde o aprimoramento de habilidades diagnósticas em ambientes virtuais realistas.

 

Blockchain

A tecnologia garante a segurança e a privacidade dos dados médicos, graças à descentralização de informações. Isso é essencial, pois no diagnóstico remoto, a troca de informações sensíveis é comum.

 

Conclusão

O diagnóstico a distância é uma tendência que veio para ficar, diante da possibilidade de ser realizado por médicos radiologistas através da emissão de laudos a distância, otimizando a produtividade do centro de medicina diagnóstica e automaticamente, reduzindo custos. 

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