Conheça os 5 principais indicadores de gestão hospitalar

Monitorar os dados e índices corretos são essenciais para uma boa gestão, pois facilitam a organização financeira, administrativa e assistencial

Conheça os 5 principais indicadores de gestão hospitalar

Utilizados para avaliar o desempenho hospitalar, com base na sua organização, nos recursos envolvidos e na metodologia de trabalho, os indicadores hospitalares são imprescindíveis para traçar uma boa gestão. Os dados coletados nas diversas áreas do hospital, quando relacionados entre si, transformam-se em instrumentos úteis para a avaliação da assistência prestada, quantidade e tipo de recursos envolvidos, controle dos custos gerados na produção dos serviços e grau de resolutividade dos mesmos. 

“Indicadores são reflexos de uma situação real e, portanto, medidas indiretas e parciais de uma situação complexa. Quando calculados sequencialmente, podem indicar a direção e a velocidade das mudanças e servem para comparar diferentes áreas ou grupo de pessoas em um mesmo momento”, explica Maria Helena Prado de Mello-Jorge, doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo. 

Há cinco indicadores mais conhecidos e mais importantes na hora de gerir com segurança e precisão. Conheça-os: 

 

Taxa de ocupação

Corresponde a um cálculo que envolve o número de pacientes-dia e o número de leitos-dia do hospital num período específico, incluindo os leitos extras e excluindo os leitos bloqueados (seja por motivo de infecção ou necessidades de manutenção).

Esse indicador reflete como estão sendo utilizados os leitos do hospital, podendo revelar informações sobre o perfil de utilização, intervalo de substituição e média de permanência. O leito hospitalar é um recurso caro e deve, portanto, ser bem gerenciado.

 

Intervalo de substituição

Calcula o tempo médio que um centro cirúrgico permanece desocupado. Esse indicador revela o tempo de ociosidade de um leito entre a saída de um paciente e o ingresso de outro. Calcular o intervalo de substituição permite que o hospital avalie como vem sendo administrado o uso de um leito hospitalar ou de uma sala de cirurgia.

A ociosidade de um centro cirúrgico compromete o atendimento de pacientes que aguardam intervenção cirúrgica. É essencial disciplinar a utilização das salas de cirurgia para minimizar a ociosidade e atender os pacientes de forma satisfatória.

 

Tempo médio de permanência

Para calcular, a fração deve ter como numerador o total de pacientes-dia num certo período. O denominador deve apresentar o total de pacientes que receberam alta, foram transferidos ou vieram a óbito no mesmo período. Esse indicador reflete a rotatividade do leito operacional. É importante esclarecer que fatores como o tipo de procedimento oferecido e o perfil clínico dos pacientes influenciam o tempo médio de permanência no hospital.

 

Indicadores de rentabilidade

Podem ser calculados por procedimento, por médico, por convênio, por especialidade, por setor, etc. Uma forma de calcular a rentabilidade geral e a eficiência administrativa do hospital é por meio do ROI (return on investment, ou retorno sobre investimento). O ROI representa a produtividade decorrente da utilização dos recursos, portanto quanto mais produtiva for a instituição, mais bem aproveitados são os recursos investidos.

 

Faturamento

Faz parte da gestão administrativa do hospital, já que esse deve conseguir avaliar efetivamente se a instituição consegue faturar sem sofrer perdas significativas que comprometam o equilíbrio do empreendimento. É essencial a esse processo que o registro dos procedimentos realizados no paciente seja feito adequadamente no prontuário, dessa forma os indicadores trarão informações mais confiáveis que poderão ser sistematicamente comparadas para avaliar o desempenho da instituição de saúde ao longo do tempo.

 

E quando é preciso mapear outros pontos?

Como existem diversos outros indicadores, é possível criar novos e exclusivos conforme as necessidades específicas do hospital. Indicadores específicos oferecem diversas vantagens e atribuem maior confiabilidade às informações. Qualquer gestão precisa aprender a monitorar seus setores, buscando aprimorar qualidades e suprir falhas. Na hora de criar indicadores, portanto, é importante definir padrões a serem analisados. 

Deve ser especificado o tipo de indicador, se é um índice, um percentual, um número absoluto, taxa ou mesmo um fato. É importante definir de qual fonte a informação será obtida e qual setor ficará responsável pela apuração, cálculo e análise desses dados. Deve ser estabelecida, também, a frequência de coleta dos dados e uma rotina a ser seguida, mantendo constância e organização, já que dados soltos e ao acaso não conseguem indicar muita coisa. 

A criação e utilização de indicadores, bem como a implementação de um sistema de gestão que embase essa análise, são formas de incrementar a busca por níveis de qualidade elevados, assegurando que os recursos sejam aproveitados ao máximo para fornecer assistência de saúde com um mínimo de riscos.

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