6 resultados da automatização de autorizações com um sistema para operadora
Processo é um dos mais complexos para a gestão da organização e tem impacto direto na qualidade da assistência ao beneficiário; ganho de agilidade e assertividade são esperados com tecnologia
A emissão de autorizações é um dos processos mais críticos e complexos na gestão da operadora de Saúde. É nessa etapa que nasce todo compromisso financeiro assumido pela organização, que resultará nas contas médicas da rede credenciada. O sistema de gestão para operadora ajuda a otimizar o processo, aumentando eficiência, reduzindo glosas e, consequentemente, ampliando a satisfação do beneficiário com os serviços.
Leopoldo Veras da Rocha, docente do curso de gestão em saúde do Centro Universitário São Camilo, explica que o efeito sazonal é comum na Saúde. Além dos impactos em determinadas épocas do ano, há comportamentos próprios observados ao longo do dia e da semana. E, para que a gestão da operadora possa garantir o atendimento com qualidade, as equipes precisam ser dimensionadas considerando esses fatores — planejamento otimizado com o uso de uma plataforma com analytics ou Business Intelligence (BI).
A equipe responsável pela emissão de autorizações também deve fazer parte desse planejamento, pois ela é crucial para garantir a assistência ao beneficiário. O especialista destaca os seis principais resultados da automatização por meio de um sistema de gestão de operadora:
1 - Facilidade de acesso à informação
A tecnologia disponibiliza em tempo real dados do histórico do paciente proveniente de outras autorizações, ou de contas médicas, declarações pessoais de saúde, informações de programas de promoção e prevenção e inúmeras outras fontes de dados que, se não forem informatizados, muitas vezes não estão disponíveis no ato da liberação dos procedimentos. A ferramenta ainda permite agregar outras informações relevantes, como dados relacionados aos prestadores ou ao corpo clínico.
2 - Automação de regras técnicas
Sem a tecnologia, as regras técnicas estão, em geral, somente na cabeça do responsável pela regulação. A percepção subjetiva desse profissional é relevante, segundo Rocha, mas é ampliada com a criação de algoritmos inteligentes, checklists digitais, regras e alertas automáticos, que padronizam o ato de regular, tornando-o mais preciso. Com a tecnologia, há ainda a possibilidade de acesso a protocolos, publicações com evidência científica, literatura especializada com fontes seguras e opinião de especialistas em cada área de atuação, tornando a análise de cada autorização mais criteriosa e assertiva.
3 - Agilidade e assertividade
Com um sistema robusto e com inteligência aplicada, otimiza-se o tempo das equipes técnicas, permitindo uma atividade muito mais analítica que operacional. Assim, favorece-se a continuidade da assistência sem interrupções desnecessárias e com a menor exposição dos beneficiários a riscos.
4 - Ampliação do controle das atividades
O sistema para operadora permite mais controle sobre as ações envolvidas no processo, como a distribuição dos casos baseada na capacidade técnica de análise, o cumprimento dos prazos e a comunicação segura entre as partes. O fluxo documental feito externamente a um sistema controlado pode trazer inúmeros riscos para a operação.
5 - Gestão por indicadores
A tecnologia ainda permite construir processos para avaliar de forma sistêmica a performance da operação, possibilitando a criação de indicadores de qualidade que periodicamente retroalimentam as equipes, regras e processos envolvidos.
6 - Redução de custos
A eficiência no processo de automatização favorece a redução de custos administrativos, além de impactar também no custo assistencial ao permitir uma intervenção ou orientação antes que os procedimentos sejam realizados pelo prestador, evitando glosas.
Contratos
O especialista do São Camilo alerta que, para o alcance desses resultados, a contratualização com os prestadores deve estar parametrizada, com regras automatizadas e informações protegidas por processos pensados para garantir, ao mesmo tempo, segurança no acesso dos dados e disponibilidade no tempo certo.
O especialista ainda destaca a tendência crescente da integração dos processos digitalizados na gestão das operadoras, envolvendo contas médicas, desospitalização, home care, auditoria externa e interna, negociação com a rede, entre outros.
“Em uma operadora no contexto da Saúde Digital, não há mais espaço para operações isoladas que podem comprometer a coordenação do cuidado dos indivíduos e a abordagem sistêmica da gestão para alcançar resultados superiores”, garante.