Estratégias para aumentar a produtividade em telerradiologia

PACS com videoconferência, pagamento por laudo e rede de médicos à disposição das clínicas aceleram a produção de laudos e otimizam recursos

Estratégias para aumentar a produtividade em telerradiologia

O setor de medicina diagnóstica ganha em produtividade ao adotar a emissão remota de laudos, em vez de depender exclusivamente de laboratórios para esse fim. Com a telerradiologia, diminui-se a ociosidade de clínicas, oferecem-se chances de maior remuneração aos radiologistas e permitem-se diagnósticos mais rápidos para pacientes, com redução de filas de entregas de exames.

Além de tecnologias que permitam o próprio trabalho remoto do radiologista, a organização precisa criar uma política de remuneração por resultado e uma rede de médicos conveniados, que emitam laudos a qualquer dia e hora. Ana Paula Umeno, gerente Comercial de Produtos da MV, e Renato Sabbatini, membro da Sociedade Brasileira de Informática da Saúde (Sbis), detalham como isso pode ser feito e as consequências para o setor. Veja abaixo:

 

1 - Remuneração por laudo

Com a telerradiologia, médicos recebem por produção, não mais por horas trabalhadas. Esse modelo de remuneração estimula a emissão de mais laudos, desburocratiza a função, além de otimizar custos nos centros de medicina diagnóstica e diminuir a ociosidade de profissionais.

“Essa prática, porém, deve vir com responsabilidade e estrutura adequada para evitar erros de diagnóstico”, afirma Ana Paula.

Esse modelo de remuneração é efetivo na telerradiologia porque o tempo que o médico demora para elaborar o laudo é relativamente fixo para cada modalidade, o que permite ao profissional maximizar sua produtividade, segundo Sabbatini.

“Geralmente, no pagamento por laudo o valor recebido é baixo e o médico tem que trabalhar continuamente, para aumentar seus ganhos. A empresa também lucra, pois revende o laudo por um valor maior”, afirma.

 

2 - Adoção de softwares

Com a instalação de um Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens (Picture Archiving and Communication System, ou PACS) é possível guardar, acessar e editar laudos, imagens, pedidos e outras informações médicas fora da estrutura física da organização. Contudo, não pode ser qualquer PACS dentre os diversos disponíveis no mercado, mas, sim, um com capacidade de telerradiologia e com ferramentas de alta performance. Isso significa que o sistema deve funcionar conectado à internet ou rodando em uma Rede Virtual Privada (Virtual Private Network), VPN, por conexão dedicada, para garantir segurança às informações confidenciais dos pacientes.

“Para fazer o laudo em casa, o médico precisa de uma infraestrutura apropriada com monitor recomendado para um detalhamento adequado da imagem e uma boa conexão de internet. Além disso, deve haver uma interface intuitiva e interativa do sistema, pois se ele for muito burocrático, também significará problemas na hora de emitir o laudo”, explica Ana Paula.

O PACS deve ter também uma ferramenta de videoconferência que permita a troca de informações ou de instruções entre médicos que produzirão o exame. Para ganhar mais agilidade na emissão, é importante, também, o médico ter à disposição um software elaborador de laudos que tenha parágrafos prontos ou transcrição automática de ditado de voz.

“Isso aumenta consideravelmente a produtividade, tanto é que tem muitas clínicas onde o paciente já vai embora com o laudo. Mas esse modelo não funciona para radiologia intervencionista, ou onde o exame é interativo, como ultrassom”, afirma Sabatini.

 

3 - Rede de médicos

O acesso ao PACS e o pagamento por laudo permite aos centros de medicina diagnóstica fazerem parcerias com diversos médicos, que estarão disponíveis para emitirem laudos a qualquer momento, sem necessidade de permanecerem nas clínicas. Com isso, em vez de um profissional fazer dez laudos por dia, por exemplo, ele pode fazer muito mais.

“Na maioria das vezes aumenta em até cinco vezes (ou mais) a produtividade. A fila passa a ser de realização do exame, mas que também é agilizada, pois deixa de ser necessário esperar o laudo ficar pronto para admitir um novo paciente”, segundo Sabbatini.

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