4 tendências da saúde suplementar para 2017

Apostar em estratégias de gestão como business intelligence, análise preditiva, sistemas informativos e verticalização são saídas para conter a crise

4 tendências da saúde suplementar para 2017

O ano de 2016 não foi fácil para o mercado brasileiro de saúde suplementar. A crise econômica aumentou o desemprego, diminuindo o total de beneficiários dos planos corporativos, que representam 75% da carteira geral, e causou o fechamento de operadoras de saúde, ao mesmo tempo em que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) elevou o rol de procedimentos obrigatórios. 

Essas inclusões causaram impacto financeiro negativo, mesmo com a ANS tentando compensar por meio de reajustes anuais dos planos. Para reverter esse quadro e alavancar o setor de serviço na saúde suplementar em 2017, Anderson Mota, gerente comercial de produto da MV, aponta cinco tendências:

 

1. Business Intelligence (BI)

É uma ferramenta tecnológica de gestão voltada à consolidação de informações, permitindo novas visões sobre o negócio. Na saúde suplementar, a solução possibilita, por exemplo, ter acesso a informações assistenciais de forma mais rápida e assertiva, possibilitando a antecipação de mudanças de estratégias de controle ou apontando pontos de evasão de receitas. Em resumo: o BI possibilita o mapeamento direcionado de eventos assistenciais, uma análise por vários ângulos e, consequentemente, decisões mais focadas na otimização de custos e gastos.

“As ferramentas de BI ajudam no controle financeiro ao avisar, por exemplo, se há alguma receita que não foi cobrada ou reajuste não aplicado. Se as despesas estão na curva ou fora da curva”, afirma Mota.

 

2. Incorporação de tecnologias de informação

A imagem dos formulários médicos registrados em papéis no ambiente hospitalar dá lugar ao uso do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), no qual todos os procedimentos realizados naquele local, bem como as informações básicas do usuário, ficam centralizadas e integradas. No futuro, a tendência é que cada indivíduo tenha um Registro Pessoal de Saúde (Personal Health Recorder — ou PHR), no qual, sob seu poder, estarão todas suas informações médicas registradas ao longo de sua vida nos mais diversos pontos de atendimento por onde passou. A incorporação dessas tecnologias na saúde suplementar reduz custos com as operações e, simultaneamente, aumenta a qualidade dos serviços oferecidos. Soluções como o PEP, integradas a sistemas de gestão e de atendimento da rede, garantem uma visão ampla sobre o caminho do beneficiário no sistema.

“Antes, o beneficiário recebia somente uma carteirinha e a lista de médicos quando se associava a um serviço de saúde suplementar. Hoje esse beneficiário tem acesso a seus dados cadastrais, além de relatórios e informações de sua própria sinistralidade. Com registro eletrônico do paciente, um beneficiário de uma operadora em Recife poderá ser transferido para uma operadora em São Paulo, migrando todo o seu histórico médico”, ressalta.

 

3. Análise preditiva

Esse tipo de análise permite a identificação de possíveis riscos à saúde por meio de informações clínicas previamente analisadas, tanto do paciente quanto de seus familiares, e grupos de risco que ele faz parte. Já existem operadoras de saúde que agregam informações individualizadas de seus usuários no PEP, pelo qual o próprio beneficiário preenche informações pessoais, como hábitos alimentares e práticas físicas, para traçar previsões baseadas em seu comportamento. Os dados geram indicadores e um maior engajamento do usuário nos seus cuidados.

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4. Verticalização

Trata-se da criação de uma rede própria de atendimento. Além dos hospitais, laboratórios e demais clínicas e prestadores de serviço credenciados, a operadora de saúde tem, na gestão verticalizada, seus próprios pontos de atendimento ao paciente. Há algumas operadoras de saúde que fazem núcleos de quimioterapia para diminuir o impacto financeiro dos custos desses eventos com credenciados, assim como outros tipos de centros médicos especializados. Sob essa ótica, o hospital e demais serviços na saúde suplementar entram como centro de custo da operadora, em vez de fonte de lucro.

“Em suma, todas essas tendências melhoram o gerenciamento, reduzem gastos associados com os benefícios detalhados acima, além de manterem profissionais de saúde constantemente atualizados e acelerarem a tomada de decisão”, afirma Mota.

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